Sílvia Lutucuta, Ministra da Saúde, falou nesta quinta-feira, 17, sobre o plano de contingência do combate a malária e admitiu que Angola enfrenta uma situação “crítica e desafiante” em relação a doença que afectou mais de dois milhões de pacientes nos últimos cinco meses.
Ao falar em conferência de imprensa no Centro Anibal de Melo, a governante informou que foram registados, só neste período, um total de cinco mil e 573 óbitos. A ministra também destacou ainda que apesar de ter se registado uma diminuição de óbitos para 102, registou-se um aumento de 322 mil e 717 casos em relação ao ano passado.
Sílvia Lutucuta apontou o mês de Abril como o mais crítico, após a época chuvosa, onde se registou maior aumento. Sendo que o maior índice de mortalidade da doença recaiu para as crianças menores de cinco anos e gestantes. As províncias mais afectadas foram as de Luanda, Lunda Norte, Malanje, Huambo, Uíge, Benguela, Bié e Huíla.
Anunciou também que, em função do aumento de casos, o Executivo angolano vai continuar a fazer investimentos para minimizar o impacto da malária nas unidades hospitalares, sublinhando, no entanto, que o combate efectivo da doença vai exigir um “esforço multissectorial” e deve ser uma luta de todos.
A responsável pelo sector da saúde em Angola, ressaltou que assim como a Covid-19, a malária também tem a atenção da Comissão Multissectorial e frisou que já está a ser implementado o Plano de Contingência e o Plano de Emergência Anti-virose, atendo sublinhado ainda que, devido ao aumento de casos, criou-se unidades satélites para o tratamento da malária, dengue e da febre chikungunya, além de terem reforçado os equipamentos e medicamentos.
Noutro domínio, informou que foram diagnosticados, nos últimos cinco meses, 249 casos de dengue, sem óbitos, com destaques para as províncias mais afectatas, Namibe com 160 casos, 43 em Luanda, 33 em Cabinda e 30 no Uíge.
Por: Victória Pinto