Ministério da Saúde pede calma aos profissionais após morte de médico


O Ministério da Saúde de Angola apelou neste domingo (6) de Setembro, à calma a comunidade médica, depois da morte de um médico numa esquadra policial, para onde foi levado por não estar a usar máscara facial, em circunstâncias ainda por esclarecer.

Em  nota de condolências, lida pelo secretário de Estado para a Saúde Pública de Angola, Franco Mufinda, as autoridades expressaram a sua “mais profunda consternação” pela morte de Sílvio Dala, diretor clínico do hospital materno-infantil de Ndalatando, “destacado em missão de formação no Hospital Pediátrico David Bernardino, em Luanda, na noite do dia 01 de setembro, quando se encontrava sob custódia policial, em circunstâncias ainda não completamente esclarecidas”.

Para a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, também em nota de condolências, deve ser instaurado um processo-crime com vista a esclarecer as circunstâncias reais em que ocorreu a morte do médico, para responsabilização dos eventuais prevaricadores.

“O Ministério da Saúde reitera o seu firme compromisso para com a vida e a integridade física, psicológica e moral dos médicos e todos os outros profissionais de saúde, especialmente neste tempo particularmente desafiante em que são de facto a linha da frente no combate à Covid 19”, lê-se na nota.

Apela à comunidade médica e aos demais actores do sistema de Saúde calma e serenidade e a não se desmotivar na nobre missão de salvar vidas.

De recordar que a autopsia determinou que o médico teve morte “patológica” e não provocada.

Esta versão, tornada pública pelo Ministério do Interior, tem levantado dúvidas em vários círculos da sociedade, gerando críticas sobre uma eventual má abordagem da Polícia.

As suspeitas, reproduzidas por várias figuras públicas, ganharam força depois da publicação de uma foto, nas redes sociais, em que o médico aparece no chão, em volta de bastante sangue.


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