O número de estrangeiros a viver em Portugal aumentou 33,6% no ano passado, atingindo mais de um milhão, cerca de um décimo da população total, de acordo com a Agência para a Integração, Migração e Asilo. Este facto fez com que milhares de manifestantes, agitando bandeiras portuguesas e cantando o hino daquele país, se reunissem no último domingo (29), em Lisboa para exprimir a sua indignação contra a imigração “ilegal” e “descontrolada”.
Os manifestantes marcharam atrás de cartazes exigindo o “fim da imigração em massa” e a expulsão dos imigrantes culpados de crimes, no protesto convocado pelo partido de extrema-direita Chega, a terceira maior força política de Portugal.
De acordo com o relatório de Migrações e Asilo de 2023 da Agência para a Integração, Migração e Asilo as nacionalidades mais representativas são a Brasileira com 35,3%, seguida em segundo, mas longe, a angolana com 5,3% seguida de perto pela cabo-verdiana com 4,7%. Outras nacionalidades representadas Reino Unido, Índia, Itália, Guiné-Bissau, Nepal, China, França e São Tomé e Príncipe, representam 2,5%. A grande parte reside nos distritos de Lisboa e Porto.
Aos gritos de “Nem mais um”, entre 3.000 e 4.000 pessoas vindas de várias partes de Portugal desfilaram nas ruas da capital. O líder do partido Chega, André Ventura, marcou presença e foi aclamado ao pedir a instauração de um sistema de cotas para limitar o impacto da imigração naquele país.
“Portugal está a ter uma imigração descontrolada. Nós temos neste momento entre 10% a 15% de população imigrante”, disse. “Quem vêm do Marrocos, da Síria, do Nepal e da Índia não está a vir de nenhuma guerra, como está a acontecer em Portugal, Grécia, Espanha e Itália. Ou nós acabamos com isso, ou um dia não haverá país que sobreviva e não há fronteiras que sobrevivam”, declarou.