O Sindicato Nacional dos Médicos de Angola (SINMEA) tem previsão de dar início na tarde deste sábado, 02 de Abril, em Luanda, à um extenso movimento de manifestações contra o posicionamento do Governo em relação à greve da classe, anunciada desde o dia 21 do mês passado.
O presidente do sindicato, Adriano Manuel, disse em conferência de imprensa, que a grande manifestação vai partir do Largo da Mutamba até à sede do SINMEA, onde, além dos médicos, vão participar membros da sociedade civil que sentem-se solidários à causa.
Adriano Manuel anunciou que, depois da manifestação de hoje, vai decorrer uma sequência de outros actos reivindicativos, durante quatro sábados, para na quinta semana, o SINMEA dar lugar ao que designou “Êxodo da População Médica”.
Segundo o responsável, a estratégia do “êxodo” é trazer para Luanda todos os médicos das outras 16 províncias, com excepção dos de Cabinda, para participarem nas manifestações contra o posicionamento do Governo em relação à greve da classe.
Dentre os pontos apresentados à entidade empregadora, Adriano Manuel sublinhou a melhoria das condições de trabalho em todas as unidades sanitárias do país, subvenção dos fármacos para as doenças crónicas e o aumento salarial.
Os médicos reivindicam, ainda, a questão da implementação do seguro obrigatório para todos os trabalhadores do sector da saúde, proposta que não foi levada em consideração.
“A classe médica está preparada para perder os salários em prol da saúde dos angolanos”, terminou o sindicalista.
O presidente do SINMEA destacou ainda que os médicos não vão recuar da decisão da greve, até que os ministérios da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS) e da Saúde (MINSA) resolvam as reivindicações da classe.
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