Após o cidadão angolano que foi esfaqueado 28 vezes ter recebido no passado sábado, (23) de Janeiro, alta médica do Hospital do Capalanga, em Viana, onde esteve internado quase duas semanas, o médico que cuidou do caso, Luís Domingos, falou sobre a situação clínica enfrentada pelo paciente.
De acordo o profissional de saúde, o paciente chegou a sofrer duas paragens cardíacas, mas graças a competência da equipa que o assistiu foi possível reverter o quadro e mantê-lo vivo.
“Fui eu que operei o cidadão que levou 28 facadas. Antes da cirurgia, este paciente fez uma paragem com indicações de morte. O anestesista que trabalhou comigo conseguiu fazer a reanimação, recuperando a vitalidade do ferido, tendo sido isso o factor que possibilitou repararem-se as lesões que ele apresentou no tórax, coração, pulmão esquerdo e no abdômen, regiões do corpo onde tivemos que fazer uma serie de ‘arranjos’, começou por dizer o cirurgião.
Luís Domingos, contou ainda que a cirurgia demorou cerca de três horas e que o processo de reparações exigentes para contrapor a gravidade que esse nível de ferimentos pode representar, resultou noutra paragem cardíaca do paciente, depois das cirurgias feitas. Mas que junto de um técnico de anestesia, voltaram a reanima-lo e trouxeram-no de volta à vida. .
“Operei-o com um técnico de anestesia que não é médico, mas conseguiu manter o paciente anestesiado, enquanto foi necessário, e mantê-lo vivo no período pós-cirurgia, isso alegra-me bastante”, disse.