A busca pelo o que comer tem impulsionado cerca de 650 crianças a saírem pelas ruas da cidade a mendigar, com maior relevância nas centralidades do Sequele, Kilamba municípios do Cacuaco e de Belas segundo informou o director-geral do Instituto Nacional da Criança.
O índice de desemprego e pobreza em Angola é um mal que tem assolado várias famílias em particular as crianças que se refugiam para o lixo, e outras preferem pedir nas residências com esperança de levar alguma coisa em casa para o sustento da família.
Segundo informou o director-geral do INAC Paulo Kalesi ao JÁ, as 650 crianças expostas às ruas, algumas já são “meninos de rua”, e outras saem de casa simplesmente para apoiar os pais no sustento da família em especial as despesas domésticas e em seguida voltam para casa, esta tem sido a afirmação da maioria das crianças, quando são questionadas.
“Estamos a trabalhar no sentido de desencorajar a permanência destas crianças nas ruas e encaminha-las para as áreas sociais das administrações municipais”, comentou Paulo Kalesi.
O director-geral do INAC mencionou ainda que além das crianças, as administrações irão ajudar as famílias nos cadastramentos de projectos sociais em realce a distribuição de cestas básicas.
De lembrar que Angola foi um dos países destacados em um relatório do Programa Alimentar Mundial (PMA), e da Organização (ONU) para Alimentação e Agricultura, FAO, publicado este ano que prevê um aumento do preço dos alimentos, informam ainda que os valores cobrados pelos principais alimentos básicos do país, já subiram 30% e 25% no ano passado, respectivamente surtindo efeitos para este ano.
As agências estimam que 1 milhão de pessoas sofrerão de insegurança alimentar em 2021, cerca de 17% acima da média de cinco anos.
Por: Sofia Adelino