Luanda deve mais de cem mil milhões de Kwanzas a EPAL


A dívida dos nove municípios da província de Luanda para com a Empresa Pública de Águas (EPAL), acumulada ao longo dos anos anteriores, e o último mês de Maio, chegou aos 105 mil milhões de kwanzas, revelou, nesta terça-feira (28),  a directora de Engenharia da instituição.

De acordo com as informações publicadas pelo Jornal de Angola, Alel Azzidine Pinto Leite, explicou que o município de Luanda é o que acumula a maior dívida doméstica, por ter um grande número de clientes e ligações domiciliares. A engenheira lembrou que a EPAL continua a trabalhar para realizar uma série de projectos, principalmente, resultantes da implementação de novas redes de melhoria da produção, mas a parte financeira bastante desequilibrada atrapalha a execução dos mesmos.

Questionada sobre o garimpo, a directora de Engenharia considerou que essa problemática não tem só a ver com a EPAL, mas com toda a sociedade, por ser uma questão de mentalidade das pessoas.

“Por mais esforço que fizermos a nível da construção de infra-estruturas para introduzirmos água nos determinados bairros, é preciso mudarmos a mentalidade das pessoas para acabarmos com o garimpo”, realçou a directora de Engenharia.

A responsável fez referência aos projectos “Bita” e Kilonga”, que são sistemas novos de abastecimento completo, sendo que o primeiro terá uma captação e estação de tratamento de água para 259.200 metros cúbicos por dia.

Esse sistema vai dispor de quatro centros de distribuição de cerca de 123 mil metros de  rede e mais de 165 mil novas ligações. O “Bita” é um projecto que abrange as zonas Sul e Sudeste de Luanda, com destaque para o Ramiros, Zona Verde e Bairro Mundial, assim como representa um reforço nos distritos do Camama, Benfica, Cambolombo, Capalanga, Morar, Vila Flor, Sapu e a própria zona onde vai ser instalado.

Alel Azzidine Pinto Leite, esclareceu que os dois projectos (Bita e Kilonga) encontram-se, actualmente, no papel, e as perspectivas é, neste ano, darem os seus primeiros passos para a materialização.

A engenheira reconheceu que é lamentável o facto das infra-estruturas de abastecimento de água ficarem a um passo atrás do crescimento populacional acelerado da cidade.


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