A jovem Rosa Pedro Macossa de 19 anos, residente do município do Sambizanga, que desde o final do primeiro semestre de 2017 ficou sem uma cadeira de rodas, criando várias dificuldades na sua vida, inclusive, perdeu provas na escola, pois, não tinha como se deslocar até lá sem a ajuda de uma cadeira, recebeu neste sábado (28), nova cadeira da Liga dos Naturais e Amigos de Cabinda (LINAC), que solidarizou-se com a causa ao se aperceber da situação.
Uma das missionárias do centro de acolhimento Dom Bosco, a partir das redes sociais, solicitou apoio para a jovem Rosa Pedro Massocolo, que também é uma das criadas do centro, LINAC ouviu o “grito de socorro” vindo do Sambizanga, onde está localizado o Dom Bosco, e também a casa dos pais de Rosa.
Desta feita, na noite deste Sábado, a liga fez uma surpresa a jovem, visitando o centro Dom Bosco, onde também residem várias crianças necessitadas, postos lá, os membros da LINAC, manifestaram o amor ao próximo, oferecendo uma cadeira de rodas, bolsa de estudo para o interior do país, materiais escolares e higiénicos, vestuários, e outros bens de primeira necessidade.
Satisfeita pelo facto da LINAC, ter solucionado o seu problema, Rosa em entrevista ao AngoRussia fez saber que este acto de caridade ficará para sempre registado na sua memória, pois, com o sorriso renovado, ganhou uma nova oportunidade para lutar pelos seus sonhos.
“Faz muito tempo que a minha cadeira estragou, por vezes tinha que pedir emprestado cadeira de uma minha amiga para ir a escola, porque eu não pretendo parar de estudar, agora assim com essa bolsa de estudo ganhei mais uma oportunidade para lutar pelos meus sonhos, meu grande desejo sempre foi ser médica porque eu pretendo ajudar também as outras pessoas necessitadas”, contou a Rosa.
Durante a conversa, a jovem explicou que algumas vezes perdeu provas porque não tinha meios para conseguir se deslocar até a escola. Judith Manuel Pedro, mãe de Rosa, revelou que durante o tempo que a filha ficou sem cadeira, ficou muito triste e desanimada, pois com o que ganha vendendo bolinho enfrente a porta da sua casa, é muito pouco e quase que não serve para mais nada além do pequeno almoço.
“Eu vendo na rua, faço bolinho, é com muita luta que conseguimos um pouquinho para o matabicho, tem vezes que o meu pai é quem ajuda com as propinas da meninas e com a alimentação. Com essa ajuda, fico mais aliviada estou mesmo muito feliz, eu espero que ajudem mais pessoas, porque há muita gente também que precisa de ajuda na nossa sociedade”, encorajou Judith.
De relembrar que a LINAC, é uma associação que existe há pouco mais de 1 ano que apoia causas solidárias e destaca a cultura da província de Cabinda a nível nacional. São detentores da conceituada “Festa de Cabinda” em Luanda, que acontece anualmente.
A Associação avançou ao AngoRussia que em breve os caminhos darão para Huambo e Zaire com as mesmas causas, realçando que o foco será os agricultores e suas famílias.
Por: Garcia Alberto