O Grupo Zahara anunciou que no âmbito do concurso público n.º 05/2021 sobre a cessão do direito de exploração e gestão da rede de hipermercados e supermercados Kero, vai encerrar as portas ao público do Kero Gika, situado no Centro Comercial Luanda Shopping, no próximo dia 31 de Agosto do ano em curso.
No documento, o grupo Zahara explica que o mesmo estabelecimento é o único entre os treze existentes da rede de hipermercados e supermercados Kero, que “não constitui propriedade da Zahara Comércio, S.A. A loja supracitada é explorada pela Zahara, no âmbito de um Contrato de Instalação de Loja em Estabelecimento Comercial, celebrado entre esta e a entidade gestora do Centro Comercial”.
O Grupo reforçou na nota que, este estabelecimento comercial não consta do pacote dos activos submetidos ao procedimento concursal, que visa encontrar o próximo operador para exploração da rede de lojas pelo IGAPE.
Recorde-se que no passado dia 21 de Junho, o presidente do Conselho de Administração do Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE), Patrício Vilar anunciou que a rede de hipermercado e supermercado “Kero” vai a concurso público.
Segundo Patrício Vilar, o vencedor do concurso será conhecido, em finais de Setembro deste ano, sublinhando que, no quadro do processo, será feita uma cessão (transferência) do direito de gestão da referida rede.
Nos últimos meses, a rede “Kero”, constituída há cerca de uma década, apresenta carência de produtos, em face de uma dívida de milhões de dólares contraída à banca, pelos anteriores accionistas.
A rede, com um total de treze unidades, pertence ao grupo Zahara, sendo que 90 por cento do capital social é detido pelo Estado, desde 2020.
O concurso para a concessão da rede Kero, despoletado na sequência do processo de recuperação de activos do Estado, foi um dos pontos avaliados nesta reunião presidida por Manuel Nunes Júnior, ministro de Estado para a Coordenação Económica e coordenador da Comissão Interministerial do ProPriv.
O programa do Governo ProPriv prevê a privatização de mais de 190 empresas e/ou ativos do Estado angolano até 2022 nos sectores da banca, hotelaria e turismo, finanças, seguros, agricultura, telecomunicações, indústrias, petróleos, entre outros.