O Tribunal Provincial do Huambo condenou nesta terça-feira o líder da seita religiosa “Luz do Mundo”, José Julino Kalupeteka, na pena efectiva de 28 anos de prisão maior pelo crime de homicídio qualificado sob forma frustrada do qual vitimou nove agentes da Policia Nacional, no Monte Sumi, Município da Caála, Província do Huambo.
O Tribunal condenou ainda 6 dos comparsas de Kalupeteca na pena de 27 anos de prisão por autoria material de nove crimes de homicídio qualificado, sob a forma consumada e um sob a forma frustrada, são eles Hossi Lucacuty Vilinga, Agostinho Cangungo, Cipriano Colembe, Gabriel Esperança, Carlos Cussucala e Amós Cangumbe, enquanto os réus João Zacarias, Filipe Quintas e Inocêncio Nunda, apesar de terem cometido os mesmos crimes “Luz do Mundo”, foram atenuados e condenados na pena única de 16 anos de prisão efectiva por serem menores de 21 anos de idade.
Cada réu terá de pagar 64 mil Kwanzas a taxa de justiça, 40 mil Kwanzas de multa num prazo de 13 meses e 2 milhões de Kwanzas aos familiares das vítimas por danos não patrimoniais.
Os conflitos no monte Sumi ocorreram em Abril de 2015 e resultaram na morte de 9 agentes da Policia Nacional nomeadamente o comandante da corporação no município da Caála, superintende-chefe Evaristo Catumbela, o 1º sub-chefe João Nunes, o instrutor da Polícia de Intervenção Rápida, Luís Sambo, sub-inspector Abel do Carmo, Castro Hossi, Manuel Lopes e Afonso António, assim como o delegado do Serviço de Inteligência e Segurança Interna do município da Caála, António Afonso.
Depois de lida a Sentença, o advogado de defesa de Kalupeteca, David Mendes, disse que vai recorrer a pena uma vez que a pena máxima vigente em Angola não é superior a de 24 anos. “Já previa isto. Depois do que aconteceu no caso dos 15+2 é óbvio que o filme seria o mesmo. Vamos recorrer e quero que fique bem claro, a pena Máxima em Angola é de 24 anos”, disse.