A jovem estudante da Universidade Independente de Angola, identificada por Nirina Madruga, acusa um dos professores de perseguição desde o primeiro ano da universidade, por esta ter feito uma denúncia de manipulação de nota e afirma que a instituição tem favorecido o docente.
De acordo informações que a jovem enviou para redação do AngoRussia, após ter feito uma denúncia enquanto fazia frequência no primeiro ano do curso de Engenharia e Gestão Industrial, sobre a posição do professor quando o assunto são as suas notas, o professor a “marcou” e a instituição nada faz para resolver a situação, tendo esta dado o caso como arquivado.
“Venho falar da minha situação que já perdura dois anos lectivos. Enquanto estudante da UnIA (Universidade Independente de Angola) sempre que tiver algum problema, é na mesma onde devo resolver. Tenho sido perseguida por um professor, cujo objetivo ainda não consigo perceber, mas que vem a dar-me notas injustas, sem um motivo aparentemente lógico”.
A estudante garante que sempre que denuncia a única resposta que tem recebido é que a situação será resolvida, e de seguida o caso é arquivado e mais uma vez foi colocada a fazer o recurso, quando semanas antes tivera pedido a direcção que as avaliações fossem corrigidas por outro professor pois já previa tal situação, mas nada foi feito.
“Sempre fiz denúncias e o caso sempre é arquivado, no meu primeiro ano, curso de Engenharia e gestão industrial, começou a perseguição, que culminou com uma decisão na direção de que o mesmo havia errado e foi revista a minha nota (arquivada, a nota não foi lançada), ou seja, o professor ganhou e me mostrou por A+B que eu não devo bater de frente com ele”, declarou.
Nirina ainda reforçou que outros estudantes da universidade, têm a mesma opinião sobre o docente.
“Não sou a melhor aluna, nem a mais dedicada, mas eu dou valor às coisas, eu dou valor ao sacrifício de pagar todos os meses sem atrasos a propina da universidade, que não é barata. Estou cansada mesmo, é sempre o mesmo professor, é sempre um homem nojento que se acha dono da disciplina e pode fazer e desfazer porque a universidade passa mão, a universidade vai arquivar e ele vai sair impune como sempre”
Para terminar, a jovem questiona se o Ministério da Educação e o Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação de Angola não têm noção do que se passa nas universidades, onde professores marcam estudantes por estes denunciarem. De uma forma reflexiva, Nirina diz que “enquanto tais coisas acontecerem, não se formarão pessoas capacitadas, e sim corruptas. É na universidade onde aprende-se a corromper, dormir com quem é necessário para ser aprovado e etc, e as universidades compactuam e fecham as vistas à esse facto”.
Nirina Madruga aponta que devia ser objetivo primordial dos professores, decanos e formadores, formarem os alunos que por eles passam, e destaca que não é o que realmente acontece porque parece que os alunos têm que sofrer e ser melhores que Einstein para poderem passar, e ao mesmo tempo não devem ter mais conhecimento que os professores.