Manuel João, de 28 anos de idade, carinhosamente tratado por Manucho, morreu, após ser baleado recentemente no município de Viana, em Luanda, por um agente do SIC, diante a família.
De acordo com o relato da esposa do malogrado no programa “Fala Angola”, o homem cujo nome não foi mencionado teria se dirigido até a residência da mãe da jovem, sogra do falecido, alegando ser tio do mesmo, com dúvida, a dona de casa chamou a sua filha com intuito confirmar a informação, a mulher da vítima reconheceu que se tratava de alguém que teria empregado o seu parceiro.
O referido homem estava acompanhado de um suposto agente, que posteriormente “convidou” mais seis colegas que ficaram no exterior da residência. Enquanto os dois (empregador e o agente) estavam no interior da casa de Manucho, que teria se apercebido que estes estavam armados e tentou fugir.
“Ele veio com o SIC que ficou no portão, somente ele estava na porta, bateu, a minha mãe atendeu e perguntou o que se passava? Ele disse eu sou o tio do Manucho, a minha mãe chamou-me para confirmar se é verdade ou não, perguntou-me, eu disse que só sei que foi ele que o colocou a trabalha. O senhor veio com o SIC, depois chegaram outros seis que estavam lá fora, ele entrou, estava armado, chegou o meu marido a endireitar o calção, ele tirou a arma, o meu marido a fugir ele atirou contra as nádegas, era bala incendiada”, contou a esposa do malogrado.
Sem compreender a causa da morte, a mãe do jovem conta que se apercebeu do sucedido a partir do mercado.
“Quando tocou 12h, foram buscar-me, quando vi a menina, o meu coração bateu, ela disse o Manucho levou um tiro”, relatou a mãe que clama por justiça.
Para obter o contraditório e obter mais detalhes sobre o assunto, a equipa do programa dirigiu-se até a empresa onde o jovem Manucho trabalhava como segurança, posto lá o senhor que supostamente arranjou o emprego, revelou que o malogrado teria se envolvido num roubo.
“No dia 23, ele mesmo o Manuel João, teria que trabalhar, cheguei cá no posto, o colega informou-me que ele não veio trabalhar. O que aconteceu? Afinal de contas, encontrei ao mesmo tempo, um novo colega que veio em nome dele, nos apercebemos que o Manuel não estava doente, colocou um novo homem com estratégia para fazer o assalto, colocaram o outro colega, um homem assobia e outro começaram a aparecer, amarraram o segurança que estava aqui, trancaram-lhe no banheiro, e fizeram o assalto”, disse o suposto chefe dos seguranças.
A incansável equipa, foi ao encontro da polícia para compreender o desfecho da história. O porta-voz da Polícia Nacional, Nestor Golbel, revelou que o agente encontra-se detido e que foi aberto um inquérito para as autoridades averiguarem o que teria acontecido de facto, sendo que os mesmos notaram uma negligência por parte do agente.
“Está aberto o inquérito para se poder apurar de forma mais precisa o que terá ocorrido, porque se notou uma negligência por especialistas de investigação do Comando Municipal de Viana, propriamente do Capalanga, em resposta de uma participação que foi feita sobre um assalto de roubo qualificado, que foi feito numa empresa, em que estavam envolvidos dois seguranças, ouve um disparo em que um dos seguranças acabou por morrer, mas podemos dizer que o agente está detido e decorre o inquérito para se apurar o que terá realmente acontecido”, disse o responsável.