Finley Ranson, de 14 anos, é um caso de estudo. O jovem padece de uma doença rara que faz com que o seu sistema digestivo não seja capaz de tolerar qualquer tipo de lípidos, ou seja, os compostos de gordura existentes na comida, como o azeite por exemplo.

Foto: Facebook/Rhys Ranson
Segundo reporta a BBC, o seu corpo reage a qualquer tipo de alimento como se de um vírus se tratasse e provoca-lhe hemorragias internas.
Por esse motivo, o britânico é alimentado através de infusões de lípidos que recebe por uma sonda que é introduzida no seu peito. Esta é a única forma em que consegue receber carboidratos, proteínas e vitaminas e minerais essenciais, pelo menos três vezes ao dia.
“Isto afecta a minha vida, dado que não posso comer e beber nada para além de água”, lamenta Finley.
O caso é tão raro que se trata, ainda, de uma patologia sem nome associado, escreve o 20 minutos.
Assim, desde o seu nascimento, que tem sido um desafio perceber a forma como Finley evolui. O rapaz, que é acompanhado desde sempre no Hospital Broomfield en Chelmsford, Essex, no Reino Unido, tem sido um verdadeiro quebra-cabeças para os médicos. O seu caso de estudo começou logo nos primeiros tempos de vida, altura em que foi necessário acompanhar a forma como reagiu ao aleitamento materno.
A sua vida mudou quando, aos 4 anos, foi internado num hospital, em Londres. Aí, foi-lhe inserida uma sonda através do coração, para permitir que recebesse os nutrientes necessários. “A vida dele sofreu uma reviravolta”, afirma a mãe, referindo que ele começou a ganhar peso.
Actualmente, Finley recebe regularmente as infusões de lípidos através de um tubo que entra no seu peito e vai até à veia central do seu coração. Recebe hidratos de carbono, proteínas, vitaminas e minerais três vezes por dia no estômago através de um tubo diferente.
“Temos de contornar completamente o trato gastrointestinal”, disse Manas Datta, médico pediatra que acompanha Finley desde o nascimento, à BBC.
O caso parece não ter para já uma solução, mas a mãe do jovem, Rhys Ranson, diz ter esperança que em algum momento da sua vida o filho consiga receber os seus tratamentos de infusões em casa, sem ter que se deslocar ao hospital tantas vezes como actualmente se vê obrigado.