Jovem angolano é o novo Fellow do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos.  


O jovem João Kanda Bernardo, tornou-se no primeiro angolano a conquistar o título de “Fellow do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos”, do mais alto nível que existe na diplomacia mundial, na tarde desta quarta feira, 8 de Setembro, na sede do Conselho dos direitos humanos das Nações Unidas, em Genebra.

 

O Processo de candidatura contemplou diferentes fases durante vários meses e o domínio das línguas inglesa e francesa é obrigatório.  Além disso, o jovem promissor exerce as funções de Embaixador da Paz desde 2019 e participa em várias missões internacionais de mediação de conflitos.

Kanda é o único político angolano que frequentou a Escola de Governança (School on Integrity), da Transparência Internacional. Considerado internacionalmente incontornável, razão pela qual, em 2020, durante a Assembleia Geral da ONU, foi designado como um dos 100 jovens africanos mais influentes e respeitados do mundo.

O Pacificador Kanda é dotado de uma vasta experiência, no sector dos Direitos Humanos, em 2014 foi membro de um grupo de advocacia, por ocasião da 20ª Revisão Periódica Universal do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Génebra. Nesta ocasião, em uma conferência paralela, que contou com a participação de muitos diplomatas, Kanda teve a oportunidade de apresentar um relatório sobre a situação dos direitos humanos em Angola.

Etmologicamente em países de língua inglesa, um Fellow é um membro de um grupo de professores de alto nível de uma Universidade ou Sociedade Científica.  Já no contexto do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (sigla inglesa: OHCHR), além de ser um indivíduo com um conhecimento bastante avançado sobre os direitos no que diz respeito a humanidade, também é membro de um grupo restrito deste órgão importante da ONU que, durante o Fellowship, estuda, analisa e avalia a situação dos direitos humanos de todos os países, de modo particular, os direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais dos afrodescendentes.

É de salientar que, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou, através da sua Resolução 68/237, uma década internacional para afrodescendentes, a ser observada de 2015 à 2024. Já em 2002 foi estabelecido um Grupo de Trabalho de Peritos sobre Afrodescendentes (sigla inglesa: WGEPAD) através da resolução 2002/68 da Comissão de Direitos Humanos da ONU (como um procedimento especial). O mandato foi posteriormente renovado pela Comissão de Direitos Humanos e pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU em suas resoluções (CHR 2003/30, A / HRC / RES / 9/14, A / HRC / RES / 18/28, A / HRC / RES / 27/25, A / HRC / RES / 36/23 e A / HRC / RES / 45/24). O WGEPAD é composto por cinco especialistas independentes, eleitos para um mandato de três anos, que pode ser renovado uma vez.

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