Isabel dos Santos diz que jamais recusou prestar declarações à Justiça angolana e que não foi notificada pela PGR


A empresária angolana Isabel dos Santos disse ontem, terça-feira, 30 de Janeiro, que jamais recusou prestar declarações à Justiça angolana e que não foi notificada pela Procuradoria-Geral da República de Angola.

Em uma nota enviada a Lusa, os seus advogados não identificados, afirmam que é falsa a afirmação do Procurador-Geral Adjunto da República de Angola, Pedro Mendes de Carvalho, de que Isabel dos Santos foi notificada para ser ouvida, mas que preferiu não responder às questões.

“A Eng.ª Isabel dos Santos, que vive fora de Angola há vários anos (desde 2017), não foi notificada pela PGR de Angola para ser ouvida e jamais se recusou a prestar declarações à Justiça ou a colaborar para a descoberta da verdade dos factos e sua reposição”, destacam os advogados.

Ainda segundo o comunicado, no dia 22 do mês em curso, a empresária apresentou respostas e esclarecimentos à acusação relativa à sua gestão na petrolífera angolana Sonangol (com data de 11 de Janeiro de 2024) no prazo estabelecido por lei de dez dias, na sequência da notificação recebida pelos seus advogados em 12 de janeiro deste ano. Isabel dos Santos solicitou também a instrução contraditória do processo, que deu entrada no tribunal em 22 de janeiro.

A empresária angolana Isabel dos Santos está a ser acusada de onze crimes no processo que envolve a sua gestão na petrolífera estatal angolana, entre 2016 e 2017, entre eles, de peculato, burla qualificada, abuso de poder, abuso de confiança, falsificação de documentos, associação criminosa, participação económica em negócio, tráfico de influências, branqueamento de capitais, fraude fiscal e fraude fiscal qualificada.

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