O Grupo Maersk apresentou um lucro satisfatório no 2º trimestre de 1,1 mil milhões USD (2,3 biliões USD), marcado negativamente por um preço de petróleo mais baixo e taxas médias inferiores de frete dos contentores.
O retorno sobre o capital investido (ROIC) foi de 10,2% (18,6%). O lucro subjacente foi de 1,1 mil milhões USD (1,2 mil milhões USD), com decréscimos na Maersk Line, Maersk Oil e APM Terminals e aumentos para a Maersk Drilling e APM Shipping Services.
“Num trimestre marcado por taxas inferiores dos contentores e um preço mais baixo, o Grupo Maersk alcançou um resultado satisfatório com um lucro subjacente de 1,1 mil milhões USD (1,2 mil milhões USD) e manteve a expectativa de um resultado subjacente de cerca de 4 mil milhões para o ano. Reiteramos a nossa directiva estratégica, segmentando um crescimento rentável através de um desempenho top-quartil e um ROIC acima dos 10% ao longo do ciclo em todas as unidades de negócio. A flutuação no preço do petróleo tem tido uma influência negativa nos mercados petrolíferos e offshores, como em países dependentes do petróleo. As perspectivas para a Maersk Oil, Maersk Drilling, a APM Terminals e a APM Shipping Services sofreram alterações onde as metas de lucro e de crescimento, anunciados anteriormente, serão substituídos por planos de adaptação ao ambiente actual. O balanço patrimonial permanece forte, tendo a Administração decidido lançar um programa de recompra com o objectivo de 1 bilião USD”, diz Nils Smedegaard Andersen, CEO do Grupo.
As receitas do Grupo diminuíram na ordem dos 1,4 biliões USD (11,9%), devido ao preço mais baixo do petróleo e as taxas médias inferiores de frete dos contentores mais baixas. As despesas operacionais diminuíram na ordem dos 966m USD, devido principalmente aos preços mais baixos das carvoeiras e iniciativas de redução de custos.
O fluxo de caixa das actividades operacionais manteve-se a um nível elevado na ordem dos 1,8 mil milhões USD (1,7 biliões USD), enquanto o Grupo continua a investir no crescimento rentável, com um fluxo de caixa líquido usado para despesas de 1,7 biliões USD (1,4 mil milhões USD) de capital, excluindo a venda de acções do Danke Bank na ordem dos 4,8 biliões USD.
Com um rácio de endividamento de 59,7% (61,3% a 31 de Dezembro de 2014) e uma reserva de 9,4 mil milhões de dólares (11,6 mil milhões USD a 31 de Dezembro de 2014) o Grupo mantém uma forte posição financeira, conseguindo alcançar metas bem traçadas de política financeira.
A Maersk Line reporta um lucro subjacente de 507m dólares (547m USD) e um lucro subjacente de 499m USD (543M USD). Apesar de um decréscimo acentuado na taxa média de carga de cerca de 14,1%, a Maersk Line entregou um ROIC de 10,1% (10,8%) com base na estratégia de liderança de custo.
O EBITDA encontra-se estimado com margem de folga em relação ao seus pares no 1.o trimestre de 2015. Esta continua consistente com a ambição da Maersk Line para sustentar uma lacuna sobre os seus pares acima do 5 pontos percentuais. O fluxo de caixa das actividades operacionais foi de 873m USD (870m USD) e o fluxo de caixa usado para despesas capital foi de 861m US $ (488m USD), deixando um fluxo livre de 12m USD (382 USD).
A Maersk Oil obteve um lucro de 137 milhões USD (perda de 1,4 mil milhões USD, marcado negativamente por 1,7 biliões USD para impunidade de activos brasileiros) com um lucro subjacente de 217m USD (315 milhões USD).ROIC foi de 9,2% (negativo de 96,6%). O resultado foi positivamente impacto pelo aumento da produção, custa mais baixos devido ao programa de transformação de custos e redução de custos de exploração, mas negativamente impacto principalmente pelo baixo preço do petróleo e 80m USD de prejuízo, através da cedência de licenças iraquianas (Curdistão).
A produção de direito aumentou em 30% para 306.000 boepd [equivalente a barris de petróleo ao dia] (235.000 boepd) a um preço médio baixo de petróleo na ordem dos 44% (62 USD por barril). O aumento da produção foi resultado de uma parcela maior da produção do Qatar devido ao preço mais baixo do petróleo, bem como à melhoria do desempenho operacional e a produção de novos projectos, em particular no Reino Unido.
Três poços de exploração foram concluídos no Curdistão, Cazaquistão e Dinamarca. Em dois destes poços, o curdo Swara Tika leste e o Xana dinamarquês foram descobertos hidrocarbonetos com potencial desenvolvimento comercial e, como tal, encontram-se a ser avaliados. O terceiro poço, localizado no Cazaquistão, está seco. No Brasil, Itapiu e Wahoo encontram-se em avaliação comercial. Decisão da extensão da licença de exploração, ou desenvolvimento do campo, está prevista para o final de 2015.
O fluxo de caixa das actividades operacionais foi de 611m US $ (718m USD); menor que no ano passado, devido principalmente a um decréscimo do preço do petróleo. Reagindo a esse decréscimo, a Maersk Oil iniciou uma série de actividades para melhorar a sua rentabilidade e posição com vista ao crescimento.
A Maersk Oil expecta que os custos operacionais líquidos, excluindo a exploração, serão reduzidos em 10% até ao final de 2015 em comparação com 2014. Estando em linha com a redução traçada de 20% até ao final de 2016. A APM Terminals apresentou um lucro de 161m USD (223m USD) e um ROIC de 10,9% (14,2%).
O lucro subjacente era de cerca de 159m USD (211 milhões USD). O resultado foi impactado negativamente por uma redução das receitas de 8,6% causada pela diminuição de volumes em mercados-chave dependentes do petróleo, bem como em lacunas de investimento em 2014 e no enfraquecimento das moedas locais frente ao dólar, resultando em receita mais baixa em dólares.
O decréscimo do preço do petróleo resultou numa baixa significativa de volumes importadas da África Ocidental e da Rússia, parcialmente compensado pelo volume de ramp up em Santos, Brasil. Iniciativas de melhoria de receita e redução de custos têm sido implementadas em todo o portfólio global, entregando ganhos de mais de 100 milhões USD no 1º semestre de 2015, no entanto, o impacto das condições adversas do mercado foi apenas parcialmente mitigado.
O fluxo de caixa das actividades operacionais de 176m US $ (192 milhões USD) é desenvolvido em linha com os resultados operacionais. O fluxo de caixa utilizado para despesas de capital no trimestre diminui de 215 milhões USD no 2.o trimestre de 2014 para 169m US $ no 2.o trimestre de 2015.O aumento do fluxo de caixa das actividades operacionais de 248m US $ (173m USD) deve-se, principalmente, a seis plataformas adicionais operacionais projectadas para o 2.o trimestre. Fluxos de caixa usados para despesas de capital declinaram para os 45 milhões US $ (478m USD), devido principalmente ao menor número de parcelas pagas para os projectos de novas construções. A APM Shipping Services obteve um lucro de cerca de 138m USD (30 milhões USD) e um ROIC de 11,8% (2,1%). O lucro subjacente foi de 109 milhões USD (27 milhões USD).
A Maersk Tankers obteve um lucro de 35 milhões USD (perda de 2 milhões US $) e um ROIC de 8,9% (negativo de 0,5%). O lucro subjacente foi de 39 milhões US $ (perda de 1 milhão US $).A Damco obteve um lucro de 7 milhões US $ (perda de 32m USD) e um ROIC de 8,9% (negativo de 25,8%). O lucro subjacente também foi de 7 milhões USD (perda de 32 milhões US $). A Svitzer obteve um lucro de 32 milhões USD (32 milhões USD) e um ROIC de 11,6% (8,5%). O lucro subjacente foi de 30 milhões US $ (27 milhões USD).