O Sindicato Nacional dos Médicos de Angola (SNMEA) e o Ministério da Saúde (MINSA) ainda não chegaram a um entendimento nas negociações que visam pôr fim a greve, que já vai no oitavo dia em todas as unidades sanitárias públicas do país.
A ministra da saúde Sílvia Lutucuta manifestou a disponibilidade para continuar a dialogar com o sindicato, porem os profissionais vão realizar uma vigília na quarta feira 15 de Dezembro, em todas as unidades sanitárias públicas do país.
Sílvia Lutucuta pediu aos médicos 90 dias para que o ministério faça uma avaliação profunda da questão salarial, apelando a que voltem ao trabalho. Segundo a ministra os ministerios das Finanças e da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social trabalham para resolver a questão remuneratória da função pública no seu todo.
O secretário-geral do SNMEA, Pedro da Rosa, disse que ainda assim a greve vai continuar e que até agora não houve entendimento e lamentou que o MINSA esteja a “ameaçar os médicos com faltas e despedimentos”.
Uma das fortes diferenças entre o Sindicato e o Ministério é o primeiro ponto do caderno reivindicativo, o MINSA garante que a questão do reenquadramento do presidente do sindicato, Adriano Manuel, está ultrapassada e quer que ele vá trabalhar para a Maternidade Lucrécia Paim ou Hospital Américo Boavida, à sua escolha, mas o sindicato entende que antes deve ser-lhe retirado o processo disciplinar aplicado injustamente no exercício das suas funções, no Hospital Pediátrico David Bernardino, há 18 meses.
O Secretário-geral assegurou que será realizada uma vigilia no dia 15 de Dezembro em todas as unidades sanitárias públicas do país, e no sabado está prevista uma marcha a nível nacional.
Pedro da Rosa salientou que os serviços mínimos são prestados aos pacientes nos bancos de urgência e cuidados intensivos e que o sindicato está aberto ao diálogo com o Ministério da Saúde para a resolução das reivindicações.