O Governo angolano lamentou, nesta quinta-feira (07), o facto de os estudantes terem perdido 14 semanas lectivas, devido à greve dos professores, suspensa após três meses de paralisação à espera que as divergências com os docentes fossem resolvidas.
O Ministério do Ensino Superior, em comunicado citado pela Lusa, pediu que as aulas não voltem a ser interrompidas e que os estudantes e professores se empenhem para “recuperar o tempo perdido”.
“Também esperamos que nesse período possam ser dirimidas as divergências que ainda separam o Sindicato e o Executivo, de tal forma que se possa dar cumprimento cabal às reivindicações constantes do memorando de entendimento entre o Ministério e o Sindicato”, refere a nota.
As aulas no Ensino Superior público retomaram, na terça-feira, após o Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Superior (SINPES) ter suspendido, por 30 dias, a greve que durou três meses.
O secretário-geral do SINPES, Eduardo Alberto, disse, na terça-feira, que a suspensão, por 30 dias, entre 5 de Abril e 5 de Maio próximo, foi deliberada em assembleia, mas a mesma pode ser retomada, caso as autoridades não aceitem a nova proposta salarial.
“Na assembleia rejeitámos a proposta de aumento salarial de 6 por cento e aprovámos uma nova que vai de 2,6 milhões de kwanzas para o professor catedrático e 1,5 milhões para o professor assistente estagiário”, afirmou à Lusa.
Além do aumento salarial, os professores universitários exigem melhores condições laborais, pagamento da dívida pública e eleições dos corpos directivos das instituições públicas do ensino superior.
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