O governo angolano liberou, numa primeira fase, mil milhões de kwanzas para a perfuração de 37 furos de água, abastecimento alimentar, assistência médica e medicamentosa e combustíveis, para apoiar as populações afectadas pela seca na província do Namibe.
De acordo com o governador da província do Namibe, Carlos da Rocha Cruz quer falava à Angop, 28 por cento da população do Namibe, num universo de cerca de 850 mil habitantes, está afectada por esse fenómeno cíclico nesta região.
Carlos Cruz informou que o governo vai monitorizar e fiscalizar o destino dos valores em causa, como estão a ser geridos através dos órgãos afins criados para o efeito a nível dos municípios.
O plano não se limita apenas em apoios espontâneos, mas sim em se encontrar soluções para se acabar com as acções paliativas e efectivamente se resolver a situação.
O governante, que classifica de alarmante a situação no sul do país, avançou que, com uma tecnologia de ponta, pode-se fazer o transbordo de correntes de rio para atender as áreas mais críticas do Namibe, Cunene e Huila.
Pelo menos 26 mil e 500 famílias, no universo de 159 mil pessoas, entre homens, mulheres e crianças estão afectadas pela seca, em toda extensão da província do Namibe.
O fenómeno atinge os cinco municípios da província do Namibe: Moçâmedes, Bibala Virei, Kamucuio e Tômbwa, desde Janeiro a presente data.
O município da Bibala lidera o gráfico, com nove mil e 334 famílias afectadas, seguido pelo Kamucuio com seis mil e 167 famílias , Virei com quatro mil e 333 famílias, Moçâmedes com 4 mil e 333 famílias e o Tômbwa com dois mil e 333 famílias.
Oitocentas e dez mil cabeças de gado bovino e um milhão e 200 mil de gado caprino e ovino também foram afectados pela seca, falta água e pasto para os animais.
O programa do Executivo para a província do Namibe prevê a disponibilização de dois mil milhões de kwanzas.
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