A “Operação fan quan” do governo da China, que regula o ciberespaço chinês proibiu qualquer rede social ou site na internet do país a manter online rankings de celebridades de acordo com a popularidade dos artistas.
Com a referida medida, as celebridades chinesas deixam de poder exibir riquezas ou “extravagâncias” nas suas redes sociais, segundo anunciou a Administração do Ciberespaço do país, na terça-feira. O conjunto de regras fazem parte do esforço do Presidente Xi Jinping para reformar os valores sociais no país.
Tanto as contas de celebridades, quanto as dos clubes de fãs devem “seguir a ordem pública e os bons costumes, aderir à orientação correta da opinião pública, promover os valores socialistas e manter um estilo e gosto saudáveis”, disse a agência chinesa de regulação da Internet em comunicado, citado pela imprensa internacional.
O regulador criticou a “supremacia dos cliques na Internet” e a “estética anormal”, pela deterioração dos “valores dominantes” na sociedade chinesa. O anúncio está em concordância com a repressão do Partido Comunista Chinês à crescente indústria de entretenimento do país, medida que as autoridades se opõem aos escândalos de celebridades e de grupos de fãs online que, segundo o partido, causam desordem social.
Esta nova directiva também proíbe as celebridades de espalharem informações falsas ou privadas, fazerem os grupos de fãs “atacarem-se verbalmente uns aos outros” e encorajá-los a participar em “angariações de fundos ou fazerem investimentos irracionais”.
Os grupos de fãs foram orientedos a serem administrados por agentes profissionais e o número de vezes que celebridades e os seus trabalhos ou produtos podem aparecer nas páginas da Internet também será limitado.
De forma a fazer cumprir as novas regras, as redes sociais chinesas pretendem monitorar e relatar “suspeitas de actos ilegais e criminosos de estrelas expostas e conflitos de grupos que envolvam fãs” às autoridades, ao mesmo tempo que moderam o conteúdo que pode causar desordem social, destaca a nota.