Futuro distrito financeiro na Baía de Luanda recebe primeiro edifício este ano


O distrito financeiro do projeto Baía de Luanda, também denominado “Wall Street de Luanda”, vai receber este ano o seu primeiro edifício, depois de finalizada a construção de infraestruturas básicas.

A informação foi ontem avançada, numa conferência de imprensa, pelo Presidente Executivo da Baía de Luanda, Miguel Carneiro, e pela administradora, Vera Massango, que deram conta do andamento atual dos trabalhos e os próximos passos a dar.

Localizado junto ao Porto de Luanda, a Wall Street da capital angolana, uma parcela de 20 lotes de terreno, tem já 60 por cento destes comercializados e 25 por cento em fase avançada de negociação.

Finalizado o projeto, a zona poderá contar com edifícios de escritórios e habitação, hotéis e áreas comerciais.

O projeto Baía de Luanda, lançado em 2004, visou a requalificação daquela área, virando a sua frente de atividades para a construção de distrito financeiro, eventos, espaços comerciais, estacionamento, publicidade e residencial.

Apesar de continuarem as vendas, o projeto regista alguma inibição por parte dos investidores na aquisição de lotes para o desenvolvimento daquela área, disse o Presidente Executivo do projeto.

Segundo Miguel Carneiro, no atual momento de desaceleração da economia angolana o projeto reviu os seus objetivos de rentabilidade e adaptou-se ao novo paradigma económico, com vantagens mútuas para investidores e consumidores.

“Daí nós hoje termos espaços comerciais com modelo contratual muito flexível. Sabíamos que no mercado anteriormente cobravam-se rendas de um ano, por exemplo, para o arrendamento de um espaço, a baía de Luanda hoje cobra no seu modelo uma joia de entrada de dois meses, e depois os lojistas vão pagando a renda à medida que estão a ganhar com o seu negócio”, explicou o responsável.

Por sua vez, Vera Massango disse que pelas características da baía, os investidores “mesmo de uma forma tímida” têm procurado e visitado o projeto para informações sobre a zona residencial.

No dia 22 deste mês serão apresentados os primeiros apartamentos e anunciadas as fases subsequentes do projeto.

Na ilha de Luanda está em desenvolvimento o distrito residencial, com 50 por cento de construção das infraestruturas, cerca de 30 por cento dos lotes comercializados, dos quais quatro em construção, prevendo-se a sua apresentação no dia 22 deste mês.

Miguel Carneiro considerou “entusiasmante” para o projeto o atual momento de crise, “por conseguir colocar e materializar um plano de negócios conservador”.

O responsável recordou que o projeto registou sempre, desde o seu início, algumas dúvidas por parte dos cidadãos, quanto à execução da sua limpeza, alargamento, criação de espaços verde e a sua manutenção, construção e competitividade.

“Tem sido um processo extremamente desafiante, continuamente provar que é possível. Mesmo no momento atual é possível a baia continuar a ter uma marginal de 3,1 km, mantê-la verde, com espaços para as famílias e lançar uma estratégia de trazer os investidores, lojistas e angolanos de todas as classes”, concluiu.

AR/Lusa

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