Familiares de Mandela reuniram-se para rezar e pedir um “final pacífico” para o ícone da luta anti-apartheid


Os familiares próximos de Nelson Mandela reuniram-se na terça-feira à noite para rezar e pedir um “final pacífico, perfeito” para o ícone da luta anti-apartheid, que se encontra internado em Pretória em estado crítico. O antigo Presidente sul-africano já não consegue respirar sem suporte e a família está a ser preparada para “esperar o pior”.

Cartazes com desejos de melhoras para Mandela à porta do hospital Medi-Clinic Heart, em Pretória, na África do Sul (Foto:Reuters)

O arcebispo da Cidade do Cabo, Thabo Makgoba, deslocou-se ao hospital onde Mandela está internado, o Mediclinic Heart Hospital, para rezar com a mulher do primeiro presidente negro da África do Sul, Graça Machel.

O prémio Nobel da Paz, que passou 27 anos preso devido à sua luta contra o regime do apartheid, deu entrada no hospital a 08 de junho devido a uma recaída de uma infeção pulmonar.

Durante a vigília de 19 dias, a família e o mundo viram o ex-presidente, de 94 anos, passar de um estado clínico estável para um estado crítico.

A oração do arcebispo parece ecoar um crescente sentimento de inevitabilidade sobre o estado de Mandela, cada vez mais comum entre os sul-africanos, para quem o ex-presidente continua um gigante moral, embora tenha abandonado a vida pública há uma década.

“Que possamos ficar cheios de gratidão por todo o bem que ele fez por nós e pela nossa nação e que possamos honrar o seu legado com as nossas vidas”, disse o arcebispo na sua oração.

“Concedei a Madiba a cura eterna e o alívio das dores e do sofrimento”, acrescentou, numa referência ao nome de clã de Mandela.

“Concedei-lhe, pedimos-Vos, uma noite tranquila e um final pacífico, perfeito”.

Segundo os media locais, os anciãos do clã Thembu de Mandela deverão visitá-lo hoje.

À porta do hospital Medi-Clinic Heart de Pretória, onde o líder está internado, as pessoas continuam a concentrar-se para rezar e deixar flores, para lhe prestar homenagem.

A polícia redobrou a segurança e cortou ao trânsito os acessos principais, enquanto, aos poucos, o país perde a esperança.

Por:DN e Expresso

Exit mobile version