O Presidente da República, João Lourenço, autorizou uma despesa de 19,6 milhões de dólares ao Ministério da Saúde, para a compra urgente de medicamentos e reagentes para o diagnóstico precoce e tratamento adequado da tuberculose sensível e tuberculose multi-droga resistente, para pessoas adultas e crianças.
Segundo menciona o Novo Jornal, esta compra de medicamentos, autorizada pelo Presidente da República, enquadra-se no compromisso de Angola com o Fundo Global de Aquisição de Medicamentos e Meios Médicos para o Controlo da tuberculose, malária e do VIH-SIDA no período de 2021-2023.
A subvenção do Fundo Global para Angola para este período, vale 103,2 milhões de dólares e o objectivo é reduzir novas infecções, morbilidade e mortalidade por VIH/SIDA, Tuberculose e Malária, assim como diminuir a incidência de Tuberculose de 355 para 325 por 100.000 habitantes até 2023. Visa ainda reduzir em 40% a morbilidade e 50% mortalidade da malária. A subvenção também aponta para a redução do número de novas infecções entre as populações-chave e vulneráveis e aumentar a cobertura do tratamento antirretroviral.
Em Angola os alertas têm vindo a crescer, mas não são novos. A direcção do Programa de Controlo, Prevenção e Combate à doença alerta para o aumento de casos, sendo que em Novembro de 2022, o director clínico do Hospital Sanatório do Lubango, na província da Huíla, revelou que em cada dez pacientes que diariamente dão entrada nas urgências, metade tem tuberculose relacionada com o vírus da SIDA e os doentes são maioritariamente jovens, uma realidade para a qual a Rede Angolana das Organizações de Serviços de Sida e Grandes Endemias (ANASO) tem vindo a chamar a atenção há vários anos e que não se limita à província da Huíla, estendendo-se a todo o País.