Ex-escrava Harriet Tubman substituirá presidente Jackson em notas de US$ 20


A ex-escrava Harriet Tubman substituirá o presidente Andrew Jackson nas notas de 20 dólares, no que constitui a primeira vez em que uma mulher negra figurará na moeda americana, informou nesta quarta-feira (20), um funcionário do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, segundo a agência de notícias France Presse e a rede CNN.

A decisão foi tomada depois que o Tesouro ficou sob pressão para colocar a imagem de uma mulher em outra nota; a de 10 dólares, que tem a figura do primeiro secretário do Tesouro, Alexander Hamilton.

Com a homenagem coloca-se um ponto final nas pressões para que o Departamento do Tesouro incluísse uma mulher entre as personalidades estampadas nas notas de dólar.

Em maio de 2015, Tubman foi a favorita de uma campanha chamada “Women on 20s” que reuniu mais de 600 mil votos de americanos que pediam para que uma mulher tivesse sua imagem em cédulas de US$ 20. A campanha divulgou uma imagem de simulação de como seria a nota de US$ 20 com a imagem de Tubman.

Tubman nasceu durante a escravidão, em 1822, e foi libertada deste regime 1849. Ela passou a organizar redes de resgate de escravos. Durante a Guerra Civil americana (1861-1865) actuou com o exército da União, inclusive como espiã. Tubman morreu em 1913, aos 91 anos.
Conhecida por sua luta abolicionista, Tubman também lutou em defesa do voto feminino.

Desde 1928, as notas de US$ 20 são estampadas com o rosto de Andrew Jackson, o sétimo presidente dos Estados Unidos, que governou o país de 1829 a 1837.

Junto com a decisão de homenagear Tubman, as autoridades anunciaram a decisão de manter Alexander Hamilton – fundador do Departamento do Tesouro – na cédula de US$ 10.

A mudança na nota de US$ 20 virá acompanhada ainda de outras inovações: de acordo com o site Politico, a nota de US$ 10 estampará em sua parte de trás efígies de mulheres do movimento sufragista americano; e a nota US$ 5 será modificada para incluir líderes do movimento pelos direitos civis dos negros no país.

A renovação – programada para ocorrer até 2020, centenário da conquista do voto feminino nos Estados Unidos – é resultado de uma campanha realizada pelo grupo Women on 20s (Mulheres nas Notas de 20, em tradução livre). A organização reúne ativistas que, desde o começo de 2015, pressionam o governo americano para que mulheres tenham sua representação na moeda do país, hoje integralmente ilustrada por homens.

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