Os estudantes de uma das instituições de ensino médio, da Centralidade do Kilamba, voltaram a denunciar o corpo directivo da referida escola, devido às “regras” implementadas que supostamente impedem os alunos com cabelos compridos de assistirem às aulas.
De acordo relatos de um estudante que filmou um dos momentos em que foram expulsos da sala de aulas, já foi apresentado um documento à instituição que autoriza o mesmo de usar cabelos compridos, enquanto artista.
“Estou a passar por uma injustiça na escola que eu frequento, Liceu 14 de Abril, situada no Kilamba, eu não consigo ter acesso às aulas devido ao meu cabelo. Tenho o documento artístico sim e já foi apresentado à direcção da escola e nem com isso eles me permitem assistir às aulas ou entrar para a escola, já tentei conversar com a Directora Pedagógica do recinto escolar e ela diz que não importa quem eu seja, ela não quer saber, pelos conhecimentos que tenho essa opção já não é obrigatória. Att: Na escola tem um menino que entra e sai normalmente com tranças. Sou um de muitos meninos que passam pela mesma situação, espero que nos ajudem”, disse um dos estudantes num relato enviado ao AngoRussia.
Refira-se que, no ano passado, o Ministério da Educação orientou os gestores das instituições de ensino, público ou privado, a criarem nas escolas “um ambiente harmonioso de respeito à diferença e nas diversas formas em que o cabelo de cada aluno se possa apresentar sem, contudo, subverter o código de conduta e a disciplina escolar”.
“Porque o Sistema de Educação e Ensino rege-se pelos princípios da igualdade e da protecção da criança, previstos no n.° 2 do artigo 23.° e o n.° 1 do artigo 80.°, ambos da Constituição da República, bem como, pelo princípio da universalidade, previsto no artigo 9.° da Lei de Bases do Sistema de Educação e Ensino (Lei n.° 32/20, de 12 de Agosto), apela o combate de todo tipo de discriminação por razões da ascendência do indivíduo, sexo, raça, etnia, cor, deficiência, língua, local de nascimento, religião, convicções políticas, ideológicas ou filosóficas”, refere a nota do MED veiculado nas redes sociais em no ano lectivo 2022/2023.
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