Estilista e escritor angolano Kissamá em greve de fome há 17 dias, em Lisboa


Actualmente a residir em Portugal, o estilista e escritor angolano Kissamá, entrou em uma greve de fome já há 17 dias e permanece em frente à Assembleia da República, pela luta de melhores condições de vida no sul de Angola, área que vive uma escassez alimentar.

A greve denominada “Solidariedade por uma Angola Melhor”, visa, segundo Kissamá, pedir “socorro às Nações Unidas e à União Europeia” para um povo “desesperado”, onde diariamente milhares de pessoas e crianças morrem de fome.

“O problema é que este panorama da fome e miséria extrema se agrava na medida em que não há políticas públicas para uma visão social da parte de um Governo angolano. Estamos perante uma governação insensível àquilo que são os direitos humanos e a dignidade humana, que todos os dias quebram as regras do protocolo da declaração dos direitos humanos”, disse.

Kissamá salientou ainda que a situação tende a piorar cada vez mais em Angola, se não forem adoptadas políticas para solucionar os problemas do país, ao exemplificar a região sul, local em que se vive um problema de escassez alimentar.

“Esse panorama de fome, de miséria extrema agrava-se a cada dia que passa em Angola. Os direitos humanos estão a ser quebrados no sul de Angola. A situação social é muito frágil. Vemos crianças a comerem no lixo, vemos pessoas a morrerem por não terem nada para comer”, acrescentou.

O escritor aproveitou também a ocasião para apelar ao Presidente Português Marcelo Rebelo de Sousa,  que intervenha e peça a União Europeia para enviar observadores justos, claros e transparentes para as eleições de 2022, pois Portugal tem uma palavra a dizer e pode fazer um papel extraordinário para os países PALOP, como árbitro da União Europeia”,

Apesar das circunstâncias actuais, Kissamá de Castro acredita que o país tem recursos para ultrapassar esta crise social e reiterou o pedido de ajuda à comunidade internacional.

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