A esperança de vida em Angola subiu de 47 para 51 anos, nos últimos 12 anos, período durante o qual as taxas de vacinação passaram de 48 para 91 por cento. O índice de mortalidade de crianças menores de cinco anos baixou de 250 para 195 em cada mil crianças nascidas e as infra-estruturas hospitalares duplicaram, revelou o secretário de Estado da Saúde.
Em entrevista exclusiva ao Jornal de Angola, Carlos Alberto Masseca disse que o Plano Nacional de Desenvolvimento Sanitário, em execução há dois anos, visa consolidar as conquistas alcançadas no sector, humanizar os serviços de saúde e tornar o acesso dos doentes cada vez mais fácil.
Jornal de Angola (JA) – Como actualmente avalia o Serviço Nacional de Saúde?
Carlos Alberto Masseca (CM) – Durante muitos anos, a principal causa de mortalidade no país foi a guerra, que só terminou há 12 anos. O fim da guerra permitiu a livre circulação de pessoas e bens, o regresso de populações deslocadas às suas zonas de origem e descongestionou os principais centros urbanos. Por iniciativa do Executivo, parte significativa dos recursos que era absorvida pela guerra passou a ser canalizada para os sectores sociais, que incluem a saúde.
A – O número de médicos responde às necessidades do país?
CM – Com o apoio do departamento de Educação Ministerial relançámos, em todo o território nacional, os cursos de formação média com pacote de 12 especialidades nas áreas de enfermagem e tecnologia de Saúde. O Departamento Ministerial de ensino superior criou cinco novas Universidades com Faculdades de Medicina e nove institutos superiores politécnicos com cursos de Saúde e continua a enviar bolseiros para o exterior. Neste momento, o país forma 300 médicos por ano, número que deve aumentar para mais de 500 nos próximos dois anos.
JA – Como estamos em termos de infra-estruturas?
CM – Os esforços feitos nos últimos 12 anos, em termos de reabilitação e construção de infra-estruturas, são indiscutíveis. O Serviço Nacional de Saúde conta, actualmente, com 2.328 unidades hospitalares, 15 hospitais nacionais, 42 provinciais e 168 municipais. Durante os últimos 12 anos foram criados serviços de alta complexidade nos hospitais centrais. Neste momento, estamos a incrementar o programa de melhoria dos hospitais. Todo este esforço reduz substancialmente a transferência de doentes para o exterior do país.
A entrevista completa veja na edição desta segunda-feira (7), no Jornal de Angola.