ENI anuncia aumento da produção em 40.000 barris de crude por dia no bloco 15/06


A petrolífera italiana Eni anunciou hoje o início da produção de crude no terceiro campo do bloco 15/06, no ‘offshore’ angolano, 350 quilómetros a nordeste de Luanda, permitindo elevar a produção na área a 100.000 barris diários.

De acordo com um comunicado da petrolífera, enviado hoje à Lusa, o início da atividade no campo “Mpungi”, segue-se ao arranque da produção nos campos “Sangos” (novembro de 2014) e “Cinguvu” (abril de 2015) e permitirá somar, ainda no primeiro trimestre deste ano, mais 40.000 barris diários de petróleo bruto à produção do bloco 15/06.

Os dois campos já em operação estavam a produzir, diariamente, cerca de 60.000 barris de crude, localizando-se este bloco em águas profundas angolanas, entre os 1.000 e os 1.500 metros de profundidade, cerca de 350 quilómetros a noroeste de Luanda.

Além do terceiro de campo de produção, a Eni refere na mesma informação que continua o programa de exploração do bloco 15/06 e que eventuais novas descobertas serão potenciadas pela atual estrutura de produção em funcionamento.

Este projeto de desenvolvimento da produção de petróleo pela Eni, nesta zona, envolve ainda os campos Mpungi Norte e Vandumbu, poços organizados num sistema de ‘cluster’ e ligados à FPSO (Floating Production, Storage and Offloading, em inglês) N’Goma.

Esta unidade, semelhante a um grande petroleiro, tem mais de 340 metros de comprimento por 50 de largura, capacidade para armazenar 1,5 milhões de barris de petróleo e para processar 100.000 barris por dia.

A Eni garantiu anteriormente que são esperadas novas descobertas no bloco 15/06, onde a petrolífera descobriu reservas de três biliões de barris que em apenas 44 meses – após o anúncio da descoberta comercial – já estavam a fase de extração.

Aquele bloco é operado pela Eni, que tem uma quota de 36,84 por cento no grupo empreiteiro, no qual a estatal angolana Sonangol (36,84%) é a concessionária e que conta ainda com a participação da SSI Fifteen Limited (26,32%).

Angola é o segundo maior produtor de petróleo da África subsaariana, com cerca de 1,8 milhões de barris por dia, mas devido à quebra na cotação internacional de crude, o peso das receitas petrolíferas terá descido no ano passado para 36,5%, face aos 70% de 2014, na perspetiva do Governo.

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