Os enfermeiros da capital do país, podem dar início a uma greve, por tempo indeterminado, a partir da próxima segunda-feira, 22 de Novembro, caso as autoridades locais não resolvam os pontos do seu caderno reivindicativo sobre o concurso público interno, e os pagamentos de subsídios.
O secretário-geral do Sindicato dos Técnicos de Enfermagem de Luanda, António Afonso Kileba, afirmou, que a declaração de greve se deve ao não cumprimento de 14 pontos do caderno reivindicativo, entregue em Novembro de 2020, em que se destacam a abertura do concurso público interno, pagamento dos subsídios do décimo terceiro mês aos profissionais de Enfermagem, admitidos em 2018, entre outros.
António Afonso disse também que, a entidade empregadora não cumpriu com as exigências dos profissionais que constam no caderno reivindicativo, e que além das questões acima referidas não tratou dos aspectos relacionados com a abertura do concurso público de actualização e formação de categoria dos profissionais de Enfermagem e outros do sector da Saúde, que subiram de níveis académicos.
Segundo avançou o sindicalista a um jornal nacional, exigiu-se a criação de condições para os serviços de segurança nas unidades sanitárias, visto que muitos técnicos têm sido agredidos pelo familiares dos pacientes e, principalmente, nos estabelecimentos de nível primário e a questão da falta de alimentação durante 24 horas.
“O profissional está lá para atender os pacientes, mas trabalha sem alimentação”, lamentou Afonso Kileba.
Acrescentou ainda que, os serviços serão apenas reduzidos, e que os casos de urgências terão a devida atenção.
“Esses serviços vão estar mais reduzidos, mas, como já dissemos, as equipas de piquete estarão lá, porque estão criadas para supervisionar e atender aqueles casos com necessidade imperiosa de atendimento ou orientação de encaminhamento para outra unidade sanitária”, assegurou o sindicalista.