A empresa suíça que opera há anos em Angola na importação de matérias excedentes de exploração petrolífera, EMT, demitiu mais de uma centena de trabalhadores em resultado da crise.
Embora que muitos destes trabalhadores têm conhecimento da situação que assola o país, e terem sido devidamente indemnizados, ainda assim mostram-se preocupados com o futuro de suas carreiras, outros não ganhavam muito, mais era deste pouco que conseguiam ter uma vida em condições para eles e suas famílias.
“Não sabemos como fazer com esta situação. Praticamente deixamos de trabalhar por falta de trabalho. Os navios já não trazem mercadorias nossas”, disse João Almeida, um dos trabalhadores despedidos. “Há quem já está a pensar em voltar para as zonas rurais para se dedicar à agricultura de subsistência”, admitiu.
Segundo o Jornal OPAÍS, um dos responsáveis da referida empresa, que falou por sob anonimato, previu o fecho da empresa caso o processo de reestruturação de algumas políticas não fossem tidas em linha de conta pelo Governo. “Precisamos de reformas. Precisamos de novos mecanismos de actuação. Pois as empresas correm o risco de fechar as suas portas”, sustentou.
A falta de divisas e a escassez de mercadorias importadas tem dificultado as operações e facturação de muitas empresas que dependem destes modos reduzindo, consequentemente, a capacidade de cumprir com as obrigações em termos de despesas correntes.