A Câmara de Comércio EUA-Angola alerta que existem dificuldades de empresas prestadoras de serviços efectuarem seus pagamentos ao exterior.
Segundo o director executivo da Câmara de Comércio EUA-Angola (USACC), Pedro Godinho, o Executivo deve considerar a possibilidade de recorrer a algumas medidas de emergência ou de excepção ao actual Regime Cambial para o Sector Petrolífero (RCSP), para aliviar a dificuldade de acesso a dólares por parte das empresas prestadoras de serviços.
“A lei cambial trouxe um acréscimo quando começou a ser aplicada, ao permitir que parte dos recursos financeiros que circulavam na periferia da economia fosse absorvida com a imposição dos pagamentos em kwanzas por parte das operadoras. Mas, hoje, perante este cenário, não está a funcionar”, disse.
“É urgente que se recorra à forma primitiva, para que as operadoras paguem às prestadoras de serviço em divisas, de forma a que estas possam honrar os compromissos com os fornecedores internacionais”, referiu. A ideia “poderá ser um pouco ‘pesada’ na perspectiva do Governo, mas esta é a solução viável neste momento de crise”, afirmou.
As empresas prestadoras de serviços às petrolíferas têm tido muita dificuldade em fazer os pagamentos ao exterior. “Durante a sua aplicação, o RCSP permitiu a consolidação da nossa moeda, por um lado, e por outro conseguimos desdolarizar a economia. Mas esta lei funcionou melhor enquanto o barril de petróleo esteve acima dos 100 USD. Hoje o cenário é diferente, está abaixo dos 50 USD e que há dificuldades na resolução das necessidades das empresas que operam no sector petrolífero”, sublinhou.
Fonte: Expansão