Empresários estrangeiros acusados de abusar sexualmente das funcionárias no local de trabalho


Um grupo de empresários mauritanos está a ser acusado de abusar sexualmente das suas funcionárias no local de trabalho, e, para mantê-las caladas, ameaçava-as com despedimento.

Foto: DR

De acordo com o Novo Jornal já foram detidos pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), dois dos envolvidos, que vão ser encaminhados para o juiz de garantia, sob as acusações de abuso sexual, agressão física e corrupção activa.

Os estrangeiros estabeleceram-se no distrito urbano do Zango, onde dirigiam várias lojas de materiais de construção, locais onde obrigavam as trabalhadoras a terem relações sexuais com eles e algumas vezes espancavam algumas das mulheres que tentavam resistir ao acto.

Esta semana, uma das vítimas fez uma participação ao SIC, declarando que “no Zango 3 existe um grupo de mauritanos que abusa das funcionárias, bem como de algumas jovens que vão para os seus estabelecimentos procurar emprego”. Face a esta denúncia, os efectivos do SIC deslocaram-se ao bairro, onde foi apanhado em flagrante um homem de 55 anos, que havia acabado de agredir uma cidadã nacional de 26 anos, contam as autoridades.

O homem foi detido de imediato, mas depois disso, apareceu no estabelecimento comercial um outro mauritano, que tentou corromper os oficiais do SIC com 500 mil kwanzas, no sentido de soltarem a seu conterrâneo, porém acabou igualmente detido.

De acordo com o porta-voz geral do SIC, Manuel Halaiwa, diligências prosseguem para se localizar os demais indivíduos que têm abusado sexualmente das trabalhadoras.

Várias mulheres que trabalham com estes homens têm sido maltratadas quase todos os dias, segundo o SIC, muitas não denunciam os agressores por causa das ameaças e com medo de perder o emprego.


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