A multinacional australiana Lucapa vai investir sete milhões de dólares (6,2 milhões de euros) no reforço da produção diamantífera na mina do Lulo, na província da Lunda Norte, onde encontrou o maior diamante de Angola.
Em comunicado, a que a Lusa teve hoje acesso, a Lucapa, que opera a mina, explica que o investimento visa “desenvolver e atualizar” a produção, após a conclusão do registo da Sociedade Mineira do Lulo, e envolve a compra de maquinaria pesada.
Na mina do Lulo foi encontrado em fevereiro o maior diamante de Angola e 27.º maior do mundo, com 404,2 quilates, cuja venda em bruto rendeu 16 milhões de dólares (14,2 milhões de euros).
A operação naquela mina arrancou em agosto de 2015, numa parceria da Lucapa (40%) com a estatal angolana do setor diamantífero Endiama (32%) e os privados da Rosas & Pétalas (28%).
A empresa anuncia no mesmo comunicado a mobilização de especialistas para planificar novos trabalhos e um programa de perfuração do kimberlito da mina a três anos, dependente da aprovação do Ministério da Geologia e Minas de Angola, que pode arrancar em junho.
Entretanto, a Lucapa anunciou num outro comunicado que foi indicado para o cargo de diretor-geral daquela mina Richard Barnes, especialista na indústria mineira e que trabalha no setor diamantífero angolano há 15 anos.
Esta mina está localizada a 150 quilómetros de Catotaca, na mesma província e a quarta maior do mundo, operada pelos russos da Alrosa e responsável por 75% da produção angolana, país que é quinto maior produtor do mundo.
Após seis anos de prospeção na zona, a exploração no Lulo arrancou em 2015, no âmbito de um contrato para a concessão da produção naquela área (238 quilómetros quadrados), incluindo mais de 50 quilómetros ao longo do rio Cacuilo, válido por 35 anos.
Na fase anterior, a Lucapa tinha já anunciado a descoberta de diamantes de grandes de dimensões, o maior dos quais de 133,4 quilates.
Anteriormente, na fase de prospeção que se prolongou durante seis anos, a empresa extraiu da área do Lulo 876,5 quilates, trabalhos que renderam, por si só, seis milhões de dólares (5,3 milhões de euros).
Os diamantes constituem o segundo principal produto de exportação por Angola, a seguir ao petróleo.
Lusa