Sindicatos propõem aumento salarial na ordem dos 245 mil Kwanzas


O Governo e centrais sindicais voltam a reunir dentro de 45 dias para discutir a proposta de aumento salarial. O assunto foi decidido nesta quarta-feira, 06 de Março, em Luanda, na primeira reunião do Conselho de Concertação social. A ministra do MAPTSS, Teresa Dias disse que o prazo acordado vai permitir estudar melhor a proposta dos sindicatos de aumento salarial na ordem dos 245 mil kwanzas.

Foto: DR

Teresa Dias disse que os 45 dias permitirá ao grupo técnico que acompanha o salário mínimo, estudar estratégias para que a avalição dos ajustamentos salariais não sejam apenas por sectores, mas que este abranjam também as pequenas e grandes empresas.

“Estamos de acordo, houve uma explicação bastante técnica e muito actualizada por parte do senhor ministro da Coordenação Económica sobre aquilo que o Executivo tem feito no alinhamento para o desempenho da economia, portanto, depois de vistos e ponderados todos esses factos, ficou efectivamente deliberado que temos 45 dias, contados a partir da data de hoje, para que o grupo técnico que acompanha o salário mínimo nacional, possa continuar a fazer os seus estudos, destacando aqui a viabilidade de avaliarmos, em vez de estarmos a ver o salário mínimo por sectores, se calhar nesta fase seria mais justo que víssemos o salário mínimo nacional em micros, pequenas e grandes empresas”, disse a governante em declarações a rádio Nacional de Angola.

O Presidente da AIA (Associação Industrial de Angola), José Severino acredita que o aumento salarial deve ser regular e obedecer ao aumento da produtividade.

“Nós temos que ver, que os ajustamentos têm que ser regulares, infelizmente quase durante dois anos e meio não houve ajustamento salarial, por isso é que nós na última reunião na Assembleia Nacional sobre o Orçamento Geral do Estado, propusemos que quando se discuta sobre o OGE, que temos já a taxa de inflação como é óbvio, se faça um mínimo de ajustamento automático. Não será em função da taxa de inflação, mas para criar uma expectativa de resolução de não deixar agravar o problema, isto tem de ser feito todos os anos”, disse.

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