Vários membros da aliança petrolífera OPEP+, liderada pela Arábia Saudita e pela Rússia, anunciaram este domingo , 3 de Novembro, o prolongamento dos cortes na produção de petróleo até ao final de Dezembro, pretendendo contrariar a recente queda dos preços nos mercados.
Em comunicado publicado no seu portal, a aliança declarou que Arábia Saudita, Rússia, Iraque, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Cazaquistão, Argélia e Omã “concordaram em prolongar por um mês os seus cortes voluntários de 2,2 milhões de barris por dia em mais um mês, até ao final de Dezembro de 2024”.
A decisão destina-se a sustentar o preço do americano WTI e do Brent, referência para a Europa, perto dos 70 dólares, perante uma incerteza da procura e um aumento da oferta.
O anúncio surge um mês após a reunião do comité ministerial conjunto de supervisão da OPEP+, que reúne os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e outros aliados, como a Rússia, ter decidido aumentar gradualmente a oferta a partir do início de Dezembro, depois dos cortes da produção nos últimos dois anos.
Entre uma das medidas acordadas nessa reunião figurava o aumento de 180.000 barris diários no mês de Dezembro, a cargo de oito dos 22 países da aliança.
A próxima reunião dos ministros da OPEP+ está marcada para o início de Dezembro, em Viena, onde está sediada a OPEP, mas este anúncio vai empurrar o aumento da produção para o próximo ano.
Assim, a retoma da produção entrará em vigor três meses depois do inicialmente previsto, uma vez que na última reunião ministerial, em Junho, OPEP e aliados previam o aumento da saída de barris já em Outubro.
A agência France-Presse (AFP) assinala que os preços do petróleo têm sido prejudicados, desde há vários meses, pelas incertezas económicas — destacando-se a China, o segundo maior mercado e o principal motor do aumento da procura mundial — e nos Estados Unidos da América, de onde se aguardam os resultados das eleições de 05 de Novembro.