O Ministro da Economia e Planeamento (MEP), Mário Caetano João, afirmou, esta terça-feira, em Luanda, que a diversificação económica em Angola é um processo irreversível, pelos resultados já alcançados pelos programas de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI) e de Reconversão da Economia Informal (PREI).
Mário Caetano João referiu que a diversificação económica está a ajudar a diminuir o peso do sector petrolífero no Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Segundo informações veiculadas pela Angop, o governante destacou que actualmente o peso do sector petrolífero no PIB é de 29 por cento, ao contrário dos 40 por cento em 2011, realidade que mostra bem a eficácia dos programas de diversificação económica levados a cabo pelo Executivo angolano.
Mário João sublinhou, na ocasião, que o ambiente interno de negocio é bastante animador, sendo que, volvidos três anos, a importação de produtos concorrentes à cesta básica passou de 2.2 mil milhões de dólares para os actuais USD 1.4 mil milhões.
Ao fazer o balanço dos distintos programas do MEP, o ministro recordou que, em 2019, O PRODESI aprovou 40 projectos e hoje está com um universo de 1.020 validados, representando um crescimento exponencial do sector empresarial no país, com realce para as áreas da agricultura e pescas.
“Apesar destes números, continuamos ainda muito ambiciosos, ultrapassando, assim, todos os constrangimentos, nesse percurso para se atingir os objectivos traçados, de fomentar a exportação através de incentivo à produção interna e diminuir a importação”, frisou.
Entretanto, sustentou haver claramente uma revolução silenciosa que está a acontecer no tecido empresarial angolano, resultando na aceleração da diversificação da economia e no surgimento de novos agentes económicos jovens.
De acordo com o titular do sector, “essas conquistas estão a ser possíveis em função de uma postura de mais confiança da banca comercial nacional em acreditar cada vez mais naquilo que é o desempenho da economia local, permitindo a entrada de novos operadores económicos no mercado”.
O ministro da Economia e Planeamento destacou que o Executivo angolano tomou medidas assertivas com a criação do PRODESI, que visa efectivamente financiar aqueles produtos que vão de encontro com a balança alimentar do país.
“Temos também o programa PREI. E sabendo que cerca de 80 por cento da empregabilidade no país vem dos mercados informais, é necessário dar-se dignidade e visibilidade a estes que fazem a economia nacional”, salientou o governante.
O governante fez saber que o Executivo angolano conta também, nesta tarefa, com os apoios de parceiros nacionais e internacionais, com realce para a União Europeia (UE), Programa das Nações Unidades para o Desenvolvimento (PNUD), a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), que têm contribuído para os avanços do PRODESI e do PREI.