Faltam cerca de 500 milhões USD para conclusão das obras do Kinaxixi iniciadas há 15 anos, diz jornal


Com início em 2008, o projecto imobiliário do complexo do Kinaxixi, do qual se desconhece quem são os proprietários, está a precisar de mais 500 milhões USD para finalização das obras do centro comercial e de três torres imobiliárias que parecem estar paradas há vários anos, segundo o jornal Expansão. 

Imagem: Jornal Expansão

De acordo o jornal, trata-se de um empreendimento moderno e de grandes dimensões na zona nobre da capital do país, cujas obras foram passando de mãos em mãos ao longo dos anos, após terem arrancado com a construtora portuguesa SOMAGUE em 2008.

O director da Kinaxixi Empreendimentos Imobiliários, Luciano Dizik, citado pelo referido jornal, contrariou os boatos que apontam para questões relacionadas com incumprimentos. A obra prevê duas fases, a construção “pura e dura” em ferro e betão armado, fase em que se encontra há já vários anos, e a segunda que será destinada aos acabamentos, quer do futuro shopping, quer das duas torres para escritórios e a torre habitacional. Para a conclusão desta fase são necessários 500 milhões USD, o que significa que quando estiver concluído, o projecto vá custar 1.000 milhões USD.

No entanto, não há uma data concreta para a conclusão deste complexo, porque segundo o jornal Expansão, tudo depende de um financiamento que apenas no estrangeiro será possível obter. Caso surja o financiamento, serão necessários três anos para a conclusão do shopping.

“Queremos entregar primeiro o Shopping, enquanto vamos concluir as torres”, explica Luciano Dizik.

Instalado na zona onde antes estava o mercado do Kinaxixi (até 2008), a obra é encarada com desconfiança por quem ali passa todos os dias. Visto que parece estar parada há vários anos, apesar dos promotores negarem. “Nunca parámos as obras”, disse Luciano Dizik.

Um projecto prevê que o shopping terá áreas de lazer, diversão, restauração, lojas e serviços, enquanto a torre residencial será exclusivamente para morar. Terá duas torres vocacionadas para escritórios “open space” para acomodar empresas.

O intuito do projecto é oferecer todas as facilidades de acesso e utilização do novo “Centro Comercial Kinaxixi”, o mesmo empreendimento, quando concluído, contará com cerca de 2.200 lugares de estacionamento para os seus usuários.

Importa referir que desde que o projecto arrancou em 2008, Angola já enfrentou várias crises, a queda abrupta dos preços do petróleo, a cinco recessões económicas, fuga de expatriados e a pandemia da Covid-19.


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