A Sonangol e a ENI perderam a concessão do bloco petrolífero 15/06, segundo o decreto presidencial que altera a área de concessão do Bloco 15/06, situado na bacia do baixo Congo, a sul do rio Zaire, que não adiantando quem passará a exercer a gestão.
De acordo com a nota enviada à Lusa, o Governo angolano adianta que a decisão visa “impulsionar e intensificar a substituição de reservas, bem como atenuar o declínio acentuado da produção de hidrocarbonetos”, no quadro da política e prioridades do Programa de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2018/22 para o setor dos petróleos.
O Bloco 15/06 é explorado pela petrolífera italiana ENI e pela angolana Sonangol, tendo a primeira anunciado, em junho último, uma nova descoberta de crude, com reservas estimadas entre 230 e 300 milhões de barris.
As atividades de exploração do Bloco 15, situado no “offshore” e em águas profundas, começaram em setembro de 1994 e terminaram em agosto de 2003 com um resultado final de 22 poços perfurados, dois dos quais foram considerados secos, tendo sido explorados pelo grupo empreiteiro que teve a Esso Angola como operador e a BP, AGIP e Statoil como parceiros.
A 27 de junho este ano, já nas mãos das petrolíferas italiana e angolana, a ENI anunciou que a nova descoberta de petróleo no Bloco 15/06 se situou no Setor Kalimba, numa perfuração a cerca de 150 quilómetros da costa norte de Angola, em que atingiu uma profundidade total de 1.901 metros, dos quais 458 metros em água.
As amostras retiradas apontam para petróleo de alta qualidade e com excelentes propriedades petrofísicas, podendo produzir-se nesse poço mais de 5.000 barris por dia.
A petrolífera italiana é operadora do Bloco 15/06 com uma quota de 36,84%, na mesma proporção da da Sonangol, integrando ainda a SSI Fifteen Limited (26,31%).
No Bloco 15/06, os dois projectos de desenvolvimento de petróleo (‘Hub Oeste’ e ‘Hub Leste’) garantem, atualmente, cerca de 150 mil barris de petróleo por dia.
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