BNA revoga licença do banco Banc por “falência técnica” e “problemas técnicos”


O BNA revogou nesta terça-feira (5), a licença do Banco Angolano de Negócios e Comércio por “graves problemas técnicos” que colocaram a instituição em “falência técnica”. O  BANC cessa definitivamente a sua actividade bancária, a partir de quarta-feira (06).

De acordo com o  governador do BNA, José de lima Massano,  que falava em conferência de imprensa, foram detetadas “deficiências no modelo de governação”, com “riscos que eram grandes e foram mal geridos”.

Além disso, a “reposição do capital social não foi avançada pelos acionistas”, disse o governador, salientando que a decisão de revogar a licença bancária foi tomada numa reunião extraordinário do BNA, a 29 de janeiro.

Os “depósitos estarão garantidos e serão devolvidos aos clientes assim que a Procuradoria-Geral da República, para onde o BNA remeteu processo, emitir acórdão em que dará ao próprio BNA a comissão liquidatária”, acrescentou o governador.

A cessação da actividade bancária do BANC surge na sequência da intervenção efectuada pelo Banco Nacional de Angola (BNA), no dia 26 de Junho de 2018, que constatou uma “degradação” significativa dos indicadores financeiros e incapacidade do Banco BANC em fazer face às suas responsabilidades no sistema de pagamento nacional.

Neste período, o BNA verificou também a existência de um modelo de governação inadequado, face aos riscos incorridos e graves deficiências financeiras, resultando na falência técnica do BANC, segundo o governador do BNA, José de Lima Massano.

Os bancos comerciais que operam no país, com base no aviso nº2/2018 do Banco Nacional de Angola (BNA), foram obrigados a aumentar os fundos regulamentares e capitais próprios de 2,5 mil milhões para 7,5 mil milhões de kwanzas até 31 de Dezembro último.

Este é o terceiro banco a ter a licença revogada, após o Banco Mais e o Banco Postal.

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