Após contestações relativamente aos produtos de primeiras necessidades, o Banco Central reafirmou o compromisso para com a estabilidade dos preços dos bens alimentares, num encontro entre o governador da referida instituição, José de Lima Massano, com os representantes das principais associações de produtores.
De acordo com o Jornal de Angola, o encontro que ocorreu ontem no site oficial da instituição, foi reconhecida a tendência crescente dos preços dos alimentos entre produtores, grossistas e retalhistas. O Banco Nacional de Angola (BNA) referiu dados do Índice de Preços Grossista, publicado pelo INE, a confirmarem que o ritmo de crescimento de preços dos produtos nacionais tem sido superior aos preços dos produtos importados.
O BNA atribuiu essa evolução às ineficiências existente no processo produtivo interno, apesar de que grande parte da produção agrícola tem vindo a crescer, com a consequente redução das importações de bens alimentares.
De acordo com a nota em que a reunião é descrita, os representantes das associações apresentaram um conjunto de factores que consideram contribuir para o aumento dos preços, nomeadamente a dependência das importações de matéria-prima, elevados custos operacionais com transporte, combustíveis, água e licenças, a carga fiscal (com realce para o IVA), bem como dificuldades de acesso ao crédito.
Antes, o governador do BNA traçou o percurso de melhoria dos níveis de actividade económica no país, com ressalto para o crescimento real do PIB em 1,2 por cento no segundo trimestre do ano, a estabilidade do mercado cambial e a recuperação das reservas internacionais, que apresentam actualmente uma cobertura de 12,6 meses de importação de bens e serviços.
Também destacou informação sobre o crédito concedido ao sector real da economia ao abrigo do Aviso nº 10/2020, que, até ao mês de Agosto, ascendeu para 575 mil milhões de kwanzas.
Além do vice-governador Manuel Tiago Dias e outros responsáveis do BNA, a reunião contou com a participação de representantes da Industrial de Angola (AIA), Indústrias Panificadoras e Pastelaria de Angola (AIPPA), de Pesca de Angola (APB), de Pesca do Namibe (APN), Produtores e Transformadores de Sal de Angola (APTSA), Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA) e União dos Pequenos e Médios Empresários de Angola (UPME).
Por: Sofia Adelino
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