Angola e Nigéria não vão conseguir produzir máximo permitido pelas quotas até 2023


A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) considera que Nigéria e Angola, os dois maiores produtores de petróleo na África subsaariana, não vão conseguir produzir o máximo permitido pelas quotas, pelo menos por mais um ano.

De acordo com a Lusa, que cita  o último relatório da OPEP sobre a produção petrolífera mundial, os dois maiores produtores da região não vão sequer conseguir atingir o limite de produção acordado há vários anos devido ao “persistente subinvestimento e a problemas de manutenção”.

Angola viu a sua produção cair de quase 2 milhões de barris por dia há cinco anos para pouco mais de um milhão atualmente, tendo produzido apenas 1,16 milhões de barris por dia em maio.

“A produção de Angola tem estado numa trajetória descendente e consistente por causa de problemas técnicos e operacionais nalguns campos, agravada pela falta de investimentos e de incentivos para a prospeção de novos poços”, acrescenta-se numa análise da agência de notação financeira Standard & Poor’s ao relatório.

A última vez que a produção petrolífera de Angola esteve em níveis tão baixos foi em 2006, quando a produção nos campos ao largo da costa estava ainda a subir.

Num relatório de 20 de junho da Agência Internacional da Energia, citado numa análise recente da S&P, a agência escreve que “o persistente desinvestimento e problemas de manutenção deixaram muitos equipamentos dos principais produtores africanos da OPEP a debater-se com muitas dificuldades em reiniciar e fazer crescer sustentadamente a produção”.

No ano passado, a Nigéria e a Angola produziram menos 300 mil barris do que o limite permitido pelas quotas, ou seja, os dois maiores produtores africanos podiam ter produzido mais 300 mil barris diários, mas não conseguiram.

A Nigéria pode produzir até 1,753 milhões de barris diários e Angola tem um limite de 1,456 milhões de barris

 

Lusa

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