Detida mulher suspeita de assassinar e ocultar cadáver da amante do marido


O Serviço de Investigação Criminal (SIC), anunciou nesta sexta-feira, 17 de Junho, a detenção de uma mulher, de 38 anos e um homem de 58, suspeitos de terem sido os autores do homicídio da cidadã Conceição Cambundo Figueiredo, de 37, no dia 11 de Novembro do ano passado, na centralidade do Zango 8.000, município de Icolo e Bengo.

O director do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa do SIC-Luanda, superintendente Fernando de Carvalho, informou à imprensa que, após um trabalho aturado do Departamento de Combate aos Crimes Contra Pessoa (DCCCP) apurou-se que Francelina Manuel, esposa de Feliciano Eduardo (nomes fictícios), descobriu que o seu marido tinha uma relação amorosa com a vítima.

“Ela (Francelina Manuel) arquitectou esta acção criminal convidando a vítima a deslocar-se à sua residência no município de Icolo e Bengo, distrito urbano de Bela Vista, centralidade do Zango 8.000, para um convívio, visto que se comemorava o dia da independência nacional”, disse o responsável em declarações ao Novo Jornal.

Fernando de Carvalho salientou também que, por volta das 23 horas, Francelina Manuel, aproveitou-se do momento em que o marido se encontrava a descansar, e dominada por ciúmes, “envolveu-se” numa briga com a vítima, usando uma faca de cozinha para golpear a mulher várias vezes na região do tórax e abdómen, o que provocou a morte imediata.

“De forma a despistar qualquer acção judicial, Francelina Manuel ateou fogo num dos compartimentos da casa onde se encontrava o corpo da vítima, para dar a entender que a mulher morreu devido às queimaduras causadas pelo fogo”, descreveu.

Das investigações realizadas em prol do esclarecimento dos factos, “o cadáver foi submetido a uma autópsia, cuja conclusão refere-se que a morte foi motivada por agressão física com objecto de corte perfurante”, referiu o superintende do SIC-Luanda.

“Feliciano Eduardo, ao ouvir os gritos, saiu do quarto onde descansava e deparou-se com o incêndio, ocultando desta feita a acção criminosa arquitectada pela esposa”, explicou.

O casal foi presente em primeiro interrogatório judicial e ambos ficaram em prisão preventiva, medida de coação mais gravosa, aplicada pelo magistrado do Ministério Público (MP) junto do SIC-Luanda, segundo explicou o superintendente.


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