Poucos dias depois de ter sido anunciada a extracção de um diamante de 160 quilates, a Empresa Nacional de Diamantes (ENDIAMA), que gere a mina do Lulo, acaba de anunciar nesta quarta-feira (21), de Setembro, a descoberta de mais um gigante na sua exploração de 3.000 kms2, com 131 quilates, na Lunda Norte.
Segundo as informações veiculadas pelo Jornal Mercado, trata-se de um diamante branco, de tipo 2-A, que é já o 29o de mais de 100 quilates, extraído no Lulo desde o início das operações, e o 4o de mais de 100 quilates recuperado em 2022.
O recém-descoberto diamante branco, de 131 quilates, foi encontrado no bloco 19 do Lulo, no dia 13 de Setembro do corrente ano, depois de no passado dia 2 de Setembro ter sido anunciada a extracção de um diamante de 160 quilates na mesma mina.
A mina aluvionar do Lulo é operada pela Sociedade Mineira do Lulo, constituída pelas empresas angolanas ENDIAMA E.P (32%) e Rosas & Pétalas (28%), bem como pela australiana Lucapa Diamond (40%).
Ainda de acordo o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, ‘Angola provou, uma vez mais, o seu enorme potencial diamantífero’: “Estou absolutamente convencido de que com descobertas desta natureza estaremos, nos próximos tempos, entre os maiores produtores de diamantes do mundo. Da nossa parte, as empresas poderão sempre contar com todo o apoio institucional para garantir o bom desempenho das suas operações”, disse o governante. vincou o ministro.
Com os primeiros diamantes encontrados datados de 1912, por geólogos belgas que fizeram uma incursão à zona das Lundas a partir do então Congo-belga, actual RDC, foi em 1917 que teve início a exploração de diamantes de forma planeada, mas só em 2016, no Lulo, Angola surgiu aos olhos do mundo como origem de uma “pedra” de grandes dimensões.
Foi nesse ano que a Lucapa mostrou o seu diamante de 404 quilates, o maior extraído em Angola desde sempre, e ainda outros dois, com 227, em Fevereiro de 2017, e 172 quilates (Março de 2016), que preenchem o pódio das maiores descobertas em solo angolano.
Estas gemas, consideradas de grande qualidade, especialmente a de 404 quilates, sendo vendida por 16 milhões USD à De Grisogono, de Isabel dos Santos e Sindika Dokolo, posteriormente transformada numa jóia de 163 quilates e vendida por 34 milhões, fizeram com que o Lulo obtivesse o estatuto da mina mais valiosa por quilate em todo o mundo, atingindo em 2016 os 2 983 USD/quilate.