No Egipto é muito comum o homem ser o “ganha pão” e a mulher ficar em casa a tomar conta das crianças, mas no caso de Abu Daooh a história é bem diferente.
“Eu preferi arranjar trabalhos duros a carregar tijolos e sacos de cimento, ou a polir sapatos, do que pedir na rua para ganhar dinheiro para a minha sobrevivência e da minha família”, disse a mulher que usava roupas de homem enquanto trabalhava na construção civil ou a polir sapatos na rua.
No começo, Abu apenas tinha que sustentar a sua filha, mas depois que sua filha casou-se e teve filhos, o genro de Abu ficou incapacitado e a ela viu-se obrigada a providenciar comida para toda a família.
“Para me proteger dos homens e dos seus olhares e para evitar que me discriminassem devido às tradições, decidi ser um homem”, disse Abu Daooh, explicando que há 40 anos atrás era muito difícil para uma mulher arranjar trabalho no Egipto, especialmente trabalho manual.
A Direção de Solidariedade Social de Luxor divulgou que vai homenagear e premiar Abu pela sua coragem e perseverança.
“Agradeço a todos os que me ajudaram. Espero ver o Egipto numa melhor situação em breve”, afirmou Abu.
Fonte:ChiadoMagazine