Devido as restrições impostas em função da Covid-19, o primeiro Banco de Leite Materno do país, instalado na Maternidade Lucrécia Paim, em Luanda, tem registado pouca adesão de doadoras e como consequência colectou apenas 39 litros de leite, neste ano.
O Banco de leite humano, o primeiro do gênero no País, com capacidade para processar diariamente até 100 litros de leite, colheu apenas 39.01 litros em 12 meses, doados por apenas 168 voluntárias e que beneficiaram 281 recém-nascidos.
De acordo com o responsáveis da instituição, a carência no ‘stock’ deve-se ao confinamento social imposto pela covid-19, e até ao momento, os indicadores apresentados mostram que os números colhidos ao longo do primeiro ano de funcionamento estão aquém dos anunciados pela coordenadora do centro, Elisa Gaspar, aquando da sua inauguração, em Novembro de 2019.
Segundo os cálculos feitos, o BLH arrecadou, por dia, menos de um litro de leite no seu primeiro ano de funcionamento. Apesar de todo esforço aplicado ao projecto, a unidade não tem atravessado bons momentos, tendo registado uma ruptura no seu stock devido a fraca adesão de doadoras voluntárias, que passaram de 168 inscritas para 10.
Anteriormente, o Banco chegava a receber por semana até 15 mães para fazerem a doação, mas agora recebe doações de uma ou duas mulheres.
O leite materno é fundamental para a saúde das crianças nos seis primeiros meses de vida, por ser um alimento completo, fornecendo nutrientes em quantidade adequada (carboidratos, proteínas e gorduras), componentes para hidratação (água) e factores de desenvolvimento e proteção como anticorpos, leucócitos (glóbulos brancos), macrófago, laxantes, lipase, lisozimas, fibronectinas, ácidos graxos, gama-interferon, neutrófilos, factor bífido e outros contra infecções comuns da infância, isento de contaminação e perfeitamente adaptado ao metabolismo da criança.
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