Cortes constantes de energia inspiraram angolano a criar um gerador a gás


Em função dos cortes constantes de energia eléctrica nas grandes cidades do país e do preço do combustível, o jovem Alberto Jamba Lombungo, de 25 anos e natural de Benguela, teve a ideia de criar um dispositivo que permite a um gerador de energia eléctrica funcionar a gás butano.
 

Segundo o inventor que tem a 6ª classe, a ideia surgiu em 2012 quando se registou um aumento no preço dos combustíveis e em função disso várias pessoas tinham dificuldades em abastecer os geradores, num país que ainda se regista um elevado défice no fornecimento de energia eléctrica, noticia o Jornal de Angola.

Com a criação deste dispositivo, para gerar energia eléctrica é utilizada uma botija de gás de doze quilos e o gerador pode funcionar durante 13 horas seguidas, sem qualquer risco.

Se o gerador funcionar neste ritmo, afirma o criador, uma botija de gás pode ter a duração de uma semana, “o que é mais económico, se compararmos os preços dos combustíveis ao do gás”. O inventor assegura que ao contrário do que acontece com os geradores a gasolina ou a gasóleo, este possui um nível de poluição muito baixo, porque não liberta nenhum tipo de fumo ou gases poluentes como o dióxido de carbono. Portanto é, ecologicamente, limpo. “Por esta razão, enquadra-se nas consideradas energias limpas”, garantiu.

Alberto informou que o gerador é económico e seguro, porque em caso de fuga ou vazamento de gás não causa incêndio.

O inventor não deixou de frisar que tem recebido muitas solicitações, principalmente de pessoas que vivem em áreas afastadas da cidade de Luanda, como no Quilómetro 30 e Cabo Ledo. Presentemente, tem 88 encomendas, “o que demonstra o grau de aceitação”.

Alberto Jamba Lombungo vivia em Benguela, mas devido ao número de encomendas que recebia de Luanda decidiu mudar-se para a capital do país. O jovem criador  já se considera um  empreendedor e conta com o  apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia, através do Centro Tecnológico Nacional.

Sobre a possibilidade de industrialização do seu engenho, manifestou algumas reservas. “Depende de quem estiver disposto a investir”, disse.

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