As autoridades de saúde da Coreia do Sul registaram 14 novos casos do Síndrome Respiratório do Médio Oriente (MERS), o número incluiu também o primeiro caso de infeção em uma mulher grávida.
Os novos casos diagnosticados aumentam o número de pessoas infectadas para 122, das quais nove mantêm se como vítimas mortais no país asiático. Oito dos 14 novos infectados contraíram a infeção no Samsung Medical Centre, em Seul.
Uma mulher grávida de 39 anos de idade, no seu último trimestre de gravidez, está entre os novos casos confirmados que contraíram o vírus no hospital. ”Dos 122 casos, este é o primeiro caso que envolver uma mulher grávida”, disse o Ministério da Saúde, acrescentando que a doente estava e, ”condição estável”, e advertem que os próximos dias serão ”críticos” para conter a epidemia.
A infecção decorreu de um homem de 68 anos que foi diagnosticado no dia 20 de maio, duas semanas após seu retorno de uma viagem ao Oriente Médio, durante a qual visitou a Arábia Saudita, o principal foco da doença. As outras 14 pessoas infectadas são seus parentes ou estiveram em contato com ele. As autoridades examinaram dezenas de pessoas que tiveram contato com o homem e foram 129 colocadas em isolamento.
Autoridades sul-coreanas foram criticadas por sua lentidão em identificar potenciais portadores após diagnosticar o primeiro infectado e por não ter evitado que um suspeito viajasse para a China.
Mas segundo o Ministro da Saúde, Moon Hyung-Pyo, explicou que “Nós fazemos tudo que é necessário para evitar a propagação da doença”, em uma coletiva de imprensa e disse que a próxima semana será crítica.
De acordo com o último relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), foram registrados um total de 1.139 casos de infecção pelo MERS-CoV, 431 deles fatais, principalmente na Arábia Saudita.
O coronavírus MERS é considerado um parente mais mortal, mas menos contagioso do vírus que causa a síndrome respiratória aguda grave (SARS), que em 2003 deixou 800 mortos em todo o mundo. Ambos os vírus causam uma infecção dos pulmões, febre, tosse e dificuldades respiratórias. Ao contrário do SARS, o coronavírus provoca falha renal e não tem qualquer tratamento preventivo. Segundo a OMS, 36% dos pacientes afetados morreram.