A companhia aérea confirmou, em conferência de imprensa, a morte de todas as pessoas que seguiam a bordo do avião Airbus A320, da Germanwings.
Centena e meia de pessoas perderam a vida, esta terça-feira, na sucessão da queda de um avião da Germanwings, nos Alpes franceses. A informação foi confirmada, em conferência de imprensa, pelos responsáveis da companhia aérea do grupo Lufthansa.
O Airbus A320 que partiu de Barcelona, Espanha, e tinha como destino Dusseldorf, na Alemanha, despenhou-se perto de Barcelonnette. A bordo seguiam 144 passageiros e seis tripulantes.
Para já, sabe-se que 76 eram de nacionalidade alemã, sendo que os dados de check in estão a ser analisados para apurar a identidade de todos os passageiros.
Aos jornalistas, os responsáveis da Germanwings explicaram que a última revisão técnica do aparelho foi feita a 21 de março, em Dusseldorf, verificando-se que tudo estava em conformidade com as normas europeias. Mais acrescentou que a bordo seguiam “dois pilotos muito experientes”.
Ainda não foi possível apurar as causas do acidente. No local onde o avião se despenhou encontram-se os técnicos que tentam, neste momento, perceber em que circunstâncias se deu a queda, com o auxílio das alemãs, francesas e espanholas.
Pelo que se sabe até agora, haveria ao menos 67 alemães, 45 espanhóis e um número não confirmado de turcos entre as 150 vítimas do acidente. Não haveria franceses. Ainda não há confirmação oficial da lista de vítimas. A identificação das vítimas começará nesta quarta-feira (25).
Sinal de alerta
A Germanwings disse que a queda do avião durou oito minutos, de modo íngreme.
A Direção Geral de Aviação Civil da França contrariou uma informação divulgada horas atrás, de que o avião teria emitido um sinal de emergência. Segundo o órgão, foi o controle de tráfego aéreo que decidiu emitir o sinal de alerta porque não tinha contato com a tripulação e o avião.
“A aeronave não emitiu um sinal de emergência, mas foi uma combinação da perda do contato de rádio e a variação da altura do avião que levou o controlador a implementar a fase de emergência”, disse o porta-voz da autoridade francesa.
O Secretário de Estado dos Transportes francês, Alain Vidal, havia divulgado a informação de que “houve um pedido de socorro registrado às 10h47. Esse sinal de socorro mostrou que a aeronave estava a 5 mil pés, em uma situação anormal”. Vidal havia dito que o acidente ocorreu pouco após este sinal.
Ao “Le Figaro”, ele falou que o avião caiu nas montanhas de Estrop, uma área coberta de neve e inacessível por terra. Segundo ele, as condições meteorológicas não eram particularmente ruins no momento do acidente.
A queda
Segundo o jornal francês “Le Monde”, a aeronave desapareceu dos radares por volta das 10h53 locais. Segundo o site que monitora o sistema aéreo Flightradar, o avião decolou 9h55 de Barcelona, horário local.
De acordo com o site da Airbus, a capacidade máxima da aeronave é de 180 passageiros. A empresa disse em sua página no Facebook que está ciente dos relatos da queda de um avião fabricado pela companhia e informou que todos os seus esforços foram direcionados para avaliar a situação. Segundo o jornal francês “Le Figaro”, o Airbus A320 que caiu estava em uso havia 24 anos.
O maior sindicato de controladores aéreos da França, o SNCTA, anunciou a suspensão de sua convocação de greve para os dias 25, 26 e 27 de março.
“Nessas circunstâncias dramáticas e considerando a emoção que esse acidente levanta, especialmente entre os controladores aéreos, o sindicato decidiu suspender o seu aviso de greve”, informou em seu site.