Cientistas detectam variante mais transmissível da Covid-19 em Angola


 Foi anunciado nesta segunda-feira (05), que os cientistas sul-africanos descobriram a variante “mais transmissível” do novo coronavírus SARS-Cov-2, na primeira sequenciação genómica realizada com amostras recolhidas em Angola.

Segundo o professor Túlio de Oliveira, que lidera a equipa de cientistas sul-africanos da Universidade do KwaZulo-Natal, especialistas em inovação e sequenciamento genómico, que realizou o estudo, a variante foi descoberta no mês passado em três cidadãos tanzanianos, em Angola.

Angola contabiliza 22.579 casos de infecção do novo coronavírus e 540 mortes associadas à covid-19, segundo o centro de monitoria global da doença pandémica da Universidade John Hopkins.

“Quando comparada com outras variantes de preocupação (VOC, na sigla em inglês) e variantes de interesse (VOI, na sigla em inglês), esta é a mais divergente”, disse Túlio de Oliveira, salientando que a descoberta foi relatada como sendo “um novo VOI dada a constelação de mutações com significado biológico conhecido ou suspeito, especificamente resistência a anticorpos neutralizantes e transmissibilidade potencialmente aumentada”.

Túlio de Oliveira, explicou ao semanário sul-africano Sunday Tribune, que “Embora tenhamos detectado apenas três casos com esta variante, isto justifica uma investigação urgente, pois o país de origem, a Tanzânia, tem uma epidemia em grande parte não documentada e poucas medidas de saúde pública em vigor para prevenir a propagação dentro e fora do país”.

Os cientistas sul-africanos da Plataforma de Inovação e Sequenciamento de Pesquisa KwaZulu-Natal (KRISP, na sigla em inglês), sublinharam que a nova variante “não foi ainda reportada em nenhum outro país”, nomeadamente na África do Sul.

O estudo realizado pelos cientistas sul-africanos contou com a participação de várias entidades, nomeadamente o Ministério da Saúde de Angola e o África CDC.

Exit mobile version