Cientistas da NASA, agência espacial americana, confirmaram na terça-feira (3) que o cometa Ison, de 4,5 bilhões de anos, não sobreviveu à passagem pelo Sol. O que restou do “cometa do século” é apenas uma nuvem de detritos, mas sem núcleo.
A “morte” do cometa durante a passagem pelo Sol na quinta-feira (28) era esperada por vários especialistas. Mas um rastro visto logo em seguida, do outro lado da estrela, deixou muita gente empolgada com a suposta sobrevivência do Ison. Agora, C Alex Young, cientista da NASA, afirmou à AFP que não restam dúvidas de que o cometa está morto.
Segundo o portal Phys, Karl Battams, cientista do Laboratório de Pesquisa Naval, escreveu um breve obituário para o cometa. “Ison viveu uma vida dinâmica e imprevisível alternando entre períodos de reflexão silenciosa e violenta explosão”, disse. “Deixa para trás um legado sem precedentes para os astrônomos e a eterna gratidão de uma audiência global que ficou encantada”.
Cometas são corpos rochosos de pó e gelo. Alguns deles, como Ison, surgem do exterior do Sistema Solar, a partir de uma zona chamada de Neve de Oort. Ison tinha um diâmetro de cinco quilômetros, sendo composto principalmente de gelo, gases congelados e poeira.
Antes de chegar perto da nossa estrela, o objecto celeste passou muito perto da Terra. Na quinta-feira, o cometa atingiu o periélio, o ponto de sua trajetória mais próximo do Sol. A distância foi de apenas 1,2 milhão de quilômetros e passou por uma temperatura de quase 3 mil graus centígrados.
Muitos cientistas consideraram que o comportamento do cometa seria imprevisível. Descoberto em setembro de 2012 por dois astrônomos russos, o Ison foi apelidado de “cometa do século” após previsões indicarem que ele poderia aparecer tão grande e brilhante como a Lua Cheia quando visto da Terra.